Juros dos novos empréstimos da casa voltam a cair em julho
Taxa de juro dos novos contratos recuou para 3,70% em julho, o valor mais baixo desde fevereiro de 2023. Mais de 70% dos novos empréstimos à habitação foram contratados a taxa mista.
A taxa de juro média das novas operações de crédito à habitação voltou a cair em julho, após uma ligeira subida em junho. De acordo com dados divulgados esta terça-feira pelo Banco de Portugal (BdP), os juros passaram de 3,75% em junho para 3,70% em julho, atingindo o valor mais baixo desde fevereiro de 2023.
Numa primeira estimativa, a taxa de juro média nos créditos da casa de junho foi estimada em 3,68%, mas agora foi revista em alta, colocando-a a subir ligeiramente face aos 3,71% de abril. Em julho, voltou a cair não apenas face ao mês anterior, como 0,52 pontos percentuais (pp.) face ao mês homólogo de 2023.
De acordo com os dados do regulador bancário, a taxa de juro média das novas operações de empréstimos à habitação do euro diminuiu 0,03 pontos percentuais, uma diminuição inferior à verificada em Portugal, fixando-se em 3,70%. Portugal apresentou a sétima taxa de juro média mais baixa, igualando a média dos países da moeda única.
As novas operações de empréstimos à habitação, e que incluem os contratos totalmente novos e os contratos renegociados, ascenderam a 1.284 milhões de euros, quando em junho se cifrou em 1.275 milhões de euros. O BdP indica que, em julho, 74% dos novos empréstimos à habitação foram contratados a taxa mista (isto é, com taxa de juro fixa num período inicial do contrato, seguido de um período com taxa de juro variável).
“O aumento do peso das novas operações a taxa mista tem-se refletido na recomposição do stock de crédito à habitação: em julho, estes contratos já representavam 26,8% do stock de crédito à habitação, o que compara com 6,4% em dezembro de 2022″, explica.
A um nível global, as novas operações de empréstimos aos particulares totalizaram 2.609 milhões de euros em julho, mais 114 milhões do que em junho. Os novos contratos de empréstimos a particulares foram responsáveis pelo aumento nas novas operações: cresceram 114 milhões de euros, para 2.051 milhões. Este aumento foi transversal às três finalidades. Já as renegociações de crédito à habitação totalizaram 523 milhões de euros (mais um milhão de euros do que em junho).
Nos empréstimos ao consumo, a taxa de juro média de novas operações passou de 9,52%, em junho, para 9,57% em julho, o que representa um aumento de 0,05 pontos percentuais (pp.). Nos empréstimos para outros fins, a taxa de juro média desceu 0,05 pp, para 4,92%.
No que toca às empresas, o montante de novas operações de empréstimos concedidos foi de 2.427 milhões de euros, o que representa um aumento de 31 milhões de euros relativamente ao mês anterior. As novas operações de empréstimos até um milhão de euros subiram 247 milhões de euros para 1.308 milhões de euros, enquanto as novas operações de empréstimos acima de um milhão de euros diminuíram 216 milhões de euros, para 1.119 milhões de euros.
A taxa de juro média das novas operações de empréstimos às empresas decresceu 0,11 pontos: de 5,37%, em junho, para 5,26%, em julho.
(Notícia atualizada às 11h42)
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