Erro na sucessão pode “matar o futuro da empresa” familiar
O presidente da Associação de Empresas Familiares alerta para os efeitos que uma decisão errada sobre a escolha da pessoa que vai mandar na empresa pode ter na sua viabilidade.
A sucessão é um dos maiores desafios que uma empresa familiar enfrenta e uma má decisão sobre quem vai mandar na empresa pode “matar o futuro da empresa”, alerta José Germano de Sousa, presidente da Associação de Empresas Familiares.
“Há muito respeito pelas regras do jogo da sucessão. Se cometes erros na governance familiar e nas decisões de quem manda na empresa, podes matar o futuro da empresa“, aponta José Germano de Sousa, líder dos laboratórios de análises com o mesmo nome, na conferência organizada pelo ECO dedicada ao tema das empresas familiares, que decorreu esta quarta-feira em Lisboa.
À frente da Associação de Empresas Familiares há poucos meses, Germano de Sousa reconhece que a sucessão é “um desafio gigante” e “não há uma fórmula mágica” para resolver este assunto. Se para umas empresas a sucessão dentro da família é a melhor solução, para outras a escolha passa por um profissional externo.
Em relação à possibilidade de abrir capital, Germano de Sousa refere que “nem todas as empresas têm essa grandeza” para um movimento que vai “criar escala para o crescimento”. O “normal” é um cenário de saída em que os empresários dizem: “os meus filhos não ligam nenhuma ao negócio, vou vender”.
“Os pequenos e médios [empresários] entregam o jogo, não têm espaço para abrir capital“, admite, notando que esse movimento exige um maior nível de “sofisticação” – o private equity exige níveis de gestão elevados, que nem todas as empresas têm.
Face a estes desafios, Germano de Sousa propõe-se ajudar as empresas filiadas na Associação de Empresas Familiares a gerir estes problemas, dando-lhes ferramentas para conseguirem criar formas de governance.
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