Taxas do crédito da casa registam maior descida em mais de dez anos
Queda histórica das Euribor conduziu as taxas do crédito à habitação para a maior descida desde janeiro de 2013, há mais de uma década.
A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação caiu para 4,417% em agosto, refletindo uma descida de 7,0 pontos base em comparação com o mês anterior. Foi a maior queda em mais de dez anos, de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
É preciso recuar a janeiro de 2013 (-8,0 pontos base) para se observar uma queda mais acentuada. A culpa foi da descida histórica das Euribor, que são usadas na maioria dos contratos da casa em Portugal. Estas taxas tiveram no mês passado a maior descida em 15 anos.
Segundo o INE, nos contratos celebrados nos últimos três meses, deu-se uma queda de 4,8 pontos base nas taxas de juro, fixando-se nos 4,010%. Nos contratos fechados nos últimos 12 meses a descida foi de 9,3 pontos base para 3,865%.
Taxas em queda
Há vários meses que os custos do empréstimo da casa estão em queda, traduzindo o desagravamento da política monetária do Banco Central Europeu (BCE) em face do alívio das pressões inflacionistas na Zona Euro. É expectável que a tendência se mantenha nos próximos meses.
Em agosto, a prestação média da casa fixou-se em 404 euros, reduzindo um euro em relação ao mês anterior, mas agravando-se 25 euros se compararmos com agosto de 2023. Destes 404 euros, 60% corresponderam à parcela de juros e os restantes 40% à amortização de capital. O capital médio em dívida para a totalidade dos créditos à habitação aumentou 345 euros para 66.874 euros, refere o gabinete de estatísticas.
(Notícia atualizada às 11h29)
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