Governo pede a Israel para “rever a sua decisão”. PS apoia “forma corajosa” de Guterres na defesa da paz
MNE e Pedro Nuno Santos saíram em defesa de António Guterres na sequência da decisão de Israel de declarar o secretário-geral das Nações Unidas como 'persona non grata'.
O Governo lamentou “profundamente” a decisão do Governo de Israel de declarar António Guterres como persona non grata.
Numa publicação na rede social X (antigo Twitter), o Ministério dos Negócios Estrangeiros diz que a missão enquanto secretário-geral das Nações Unidas “é indispensável para assegurar o diálogo, a paz e o multilateralismo”, instando o Governo de Israel a “rever a sua decisão”.
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Momentos mais tarde, recorrendo também à mesma rede social, Pedro Nuno Santos repudiou igualmente a decisão do governo israelita, manifestando “total solidariedade” e “apoio” a António Guterres “pela forma corajosa como tem defendido a paz e condenado todas as formas de violência no Médio Oriente”.
Na publicação, o líder do PS repudiou “as declarações do Ministro dos Negócios Estrangeiros do Estado de Israel que atingem toda a ONU” e pediu que a “escalada de violência” terminasse, defendendo que seja definido um plano de paz.
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As reações surgem depois de o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, ter declarado o secretário-geral da ONU, António Guterres, persona non grata no país, criticando-o por não ter condenado o ataque massivo do Irão a Israel na noite de terça-feira.
“Qualquer pessoa que não possa condenar inequivocamente o ataque hediondo do Irão a Israel não merece pôr os pés em solo israelita. Estamos a lidar com um secretário-geral anti-Israel, que apoia terroristas, violadores e assassinos“, disse Katz num comunicado.
Terça-feira, na rede social X, Guterres condenou o alargamento do conflito no Médio Oriente, e esta tarde, após a decisão do executivo israelita, o secretário-geral das Nações Unidas reiterou a condenação.
“Tal como fiz em relação ao ataque iraniano de abril, e como deveria ter sido óbvio que fiz ontem [terça-feira] no contexto da condenação que expressei, condeno veementemente o ataque massivo com mísseis do Irão contra Israel”, sublinhou Guterres durante uma reunião do Conselho de Segurança realizada na ONU, esta quarta-feira.
Guterres falava numa reunião de emergência convocada para discutir a situação no Líbano foi feita pouco depois de Israel o ter declarado persona non grata e ter proibido a sua entrada no país por não ter condenado o ataque iraniano. “Qualquer pessoa que não condene inequivocamente o ataque hediondo do Irão a Israel não merece pôr os pés em solo israelita. Estamos a lidar com um secretário-geral anti-Israel, que apoia terroristas, violadores e assassinos”, referiu o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, num comunicado divulgado esta manhã.
O presidente do governo espanhol também já assinalou o seu apoio a António Guterres. “Gostaria de transmitir o meu apoio e do Governo de Espanha ao meu amigo António Guterres, secretário-geral da ONU”, escreveu numa publicação na rede social X. Pedro Sánchez escreveu ainda que agradece o “empenho” de Guterres “na procura da paz e a sua defesa inabalável do multilateralismo e do diálogo para a resolução de conflitos.”.
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