Colaboração global, impacto local: o papel de Portugal na inovação

Nos dias de hoje, a capacidade de inovar e enfrentar os desafios globais com soluções criativas é mais necessária do que nunca. Cada vez mais portugueses, de todas as idades, estão a redefinir as suas carreiras, impulsionados pela vontade de criar algo com impacto duradouro na sociedade. Muitos decidem construir projetos que refletem a sua visão pessoal e o contributo que desejam deixar para o futuro. Esta tendência, no entanto, não se limita aos portugueses. Um número crescente de profissionais e empreendedores estrangeiros está a escolher mudar-se para Portugal, onde encontram o ambiente ideal para desenvolver as suas ideias e onde procuram, igualmente, contribuir de forma significativa para o ecossistema local.

Iniciativas desenhadas para criar um ambiente de partilha onde empreendedores com diferentes percursos encontram um ambiente colaborativo onde apresentar as suas iniciativas inovadoras, não só impulsionam a economia local, como servem também de modelos inspiradores que podem ser replicados noutros contextos. Nestes espaços, os empreendedores sentem-se confortáveis para expor os desafios dos seus negócios, receber sugestões e trocar ideias valiosas, num ambiente marcado pelo apoio e partilha. Este tipo de interação facilita não só a resolução de problemas, mas também promove o crescimento e a inovação contínua. Além disso, tenho acompanhado, por exemplo com a RedBridge Lisboa, iniciativas que acabam também por desempenhar um papel crucial na promoção de relações harmoniosas e laços de comunidade entre os estrangeiros, conectando-os entre si e com a comunidade local. Os eventos promovidos neste sentido servem como forma de aproximação da comunidade local e internacional, em que se procuram trazer temas que aportam algo de novo ou que são discutidos a uma luz diferente, com resultados palpáveis e novas colaborações que surgem a partir dali.

Lisboa, a capital europeia da inovação, e Portugal como um todo, têm-se afirmado como verdadeiros hubs, atraindo uma comunidade vibrante de estrangeiros, nomeadamente de americanos. Muitos destes profissionais, com carreiras estabelecidas nos EUA e internacionalmente, trazem consigo um valioso know-how, capacidade financeira para investir e uma vontade genuína de contribuir para o ecossistema local. Através da oferta de mentoria e do envolvimento em projetos locais, esta troca de experiências tem fortalecido e amadurecido o ecossistema português.

Por outro lado, a Califórnia, especialmente São Francisco, continua a atrair o melhor talento global devido à sua abertura a diversas nacionalidades e culturas. Este ambiente dinâmico e inovador internacional é um modelo que pode em vários aspetos ser inspirador, sobretudo quando vemos que, nos últimos anos, Portugal tem emergido como um destino para a abertura de hubs tecnológicos das maiores empresas de Tecnologias de Informação. Nem mesmo a pandemia conseguiu alterar esta tendência e as tecnológicas perceberam que Portugal oferece um clima favorável, uma grande disponibilidade de talento qualificado, boas universidades e uma população fluente em diversas línguas.

Lisboa, a capital europeia da inovação, e Portugal como um todo, têm-se afirmado como verdadeiros hubs, atraindo uma comunidade vibrante de estrangeiros, nomeadamente de americanos. Muitos destes profissionais, com carreiras estabelecidas nos EUA e internacionalmente, trazem consigo um valioso know-how, capacidade financeira para investir e uma vontade genuína de contribuir para o ecossistema local.

Estes fatores colocam o país num patamar elevado de atração, tornando-o um dos destinos mais apetecíveis para a abertura de todo o tipo de projetos, desde os de cariz social até aos centros de inovação. Programas de mentoria que temos vindo a desenvolver ligam os empreendedores portugueses à comunidade internacional residente em Portugal, assim como à nossa comunidade lá fora, nomeadamente na Califórnia, oferecem aos interessados a oportunidade de conhecer role models com outras experiências de vida e um acesso mais facilitado a esse mercado.

A verdade é que o acesso a um mentor ou a um novo parceiro num mercado com uma escala tão diferente pode transformar significativamente o percurso de um empreendedor português, que irá conhecer novas formas de pensar, testemunhar como outros empreendedores gerem e fazem crescer os seus negócios num ecossistema que permite sonhos mais ambiciosos e enriquecer a sua estratégia com essas novas perspectivas. Este espírito de partilha, abertura e curiosidade tem sido visível e esse ambiente propício à inovação tem fomentado bastante atividade em áreas cruciais como a sustentabilidade, o clima, a health tech e a Inteligência Artificial.

O ecossistema empreendedor de Portugal é, por isso, um exemplo de como a combinação de talento local, influência internacional e um ambiente colaborativo pode gerar projetos com impacto significativo na sociedade. Empreendedores visionários, juntamente com iniciativas que fomentem o empreendedorismo, desempenham um papel crucial em moldar um futuro mais inovador. Continuar a cultivar este espírito de partilha e abertura é essencial para o crescimento contínuo e o sucesso do nosso país no cenário global.