Kamala Harris volta a questionar saúde mental de Trump
"Estou de muito melhor saúde do que Clinton, Bush, Obama, Biden e, acima de tudo, Kamala", respondeu o candidato republicano à Casa Branca.
A vice-presidente norte-americana e candidata às eleições presidenciais de 5 de novembro, Kamala Harris, voltou esta terça-feira a questionar a saúde mental do seu adversário, o republicano Donald Trump, que interrompeu um comício para ouvir música durante 39 minutos. “Espero que ele esteja bem”, escreveu Harris, partilhando um vídeo nas redes sociais em que se vê Trump a balançar-se de pé, em cima de um palco, durante uma ação de campanha, ao som de várias músicas, enquanto dezenas de apoiantes vão saindo do local.
“Trump parecia perdido, confuso e congelado no palco”, comentou a equipa de campanha da democrata. Donald Trump, de 78 anos, publicou uma mensagem na noite passada na sua rede social, afirmando ter obtido resultados “excecionais” em dois testes cognitivos distintos. “Estou de muito melhor saúde do que Clinton, Bush, Obama, Biden e, acima de tudo, Kamala”, disse o republicano.
A estranha cena ocorreu durante um town hall – uma sessão pública de perguntas e respostas aos eleitores – organizado pelo candidato em Oaks, na Pensilvânia. O evento, numa sala aparentemente mal climatizada, foi interrompido quando dois espetadores desmaiaram, exigindo a intervenção de socorristas.
“Mais alguém quer desmaiar? Por favor, levantem a mão”, gracejou Donald Trump. Depois, apesar de a reunião de campanha só ter começado meia hora antes, o ex-presidente sugeriu: “Porque não fazemos um festival de música? (…) Vamos parar de fazer perguntas e ouvir música”. O republicano pediu que fosse transmitida a sua lista de canções preferida, começando com o tenor Luciano Pavarotti a cantar a “Ave Maria”.
Donald Trump é frequentemente descrito como sendo muito apegado às suas listas de canções favoritas, que gosta de tocar no seu avião privado ou na sua residência em Mar-a-Lago, na Florida. Mas aqui, a surpresa veio do facto de o candidato não ter retomado a sessão de perguntas e respostas. “Quem é que quer ouvir perguntas mesmo?”, questionou.
A noite eleitoral tomou, portanto, um rumo insólito durante quase 40 minutos, com música e o antigo presidente a balançar-se e de microfone na mão. O público foi brindado com “Con Te Partiro”, de Andrea Bocelli e Sarah Brightman, “Hallelujah”, de Rufus Wainwright, “Nothing Compares 2 U”, de Sinéad O’Connor, “An American Trilogy”, de Elvis Presley, “Rich Men North of Richmond”, de Oliver Anthony, “November Rain”, dos Guns N’ Roses.
Para fechar, Trump disse aos apoiantes que iriam ouvir “YMCA”, dos Village People – um êxito que se tornou um dos pontos de referência dos seus comícios – e, depois dessa música, acrescentou: “Podem ir para casa”. Nos últimos dias, Kamala Harris tem acusado repetidamente o seu adversário na corrida à Casa Branca de ser mentalmente “instável”.
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