Construtora de ex-presidente do Braga faliu. Fatia de 3% da Via do Infante em leilão por 6 milhões
Lote de ações da concessionária da algarvia A22 em leilão eletrónico na insolvência da J. Gomes. Empreiteiro João Gomes de Oliveira chegou a processar quatro bancos por recusarem empréstimo à empresa.
Um lote composto por 75.798 ações da empresa concessionária da Via do Infante, no Algarve, representativas de 3% do capital social e avaliadas em 5,985 milhões de euros, vai ser leiloado no âmbito do processo de insolvência da construtora J. Gomes, que era detida por João Gomes de Oliveira, ex-presidente do Sporting Clube de Braga.
O leilão eletrónico organizado pela Leilosoc, que está a rececionar licitações até 25 de outubro de 2024, inclui também a participação de 3%, avaliada em 44 mil euros, na sociedade “Algarve International, BV”, com sede na Holanda, que era propriedade da empresa de construção fundada em 1968, que chegou a ser uma das maiores do Norte e participou em várias obras públicas, como estradas, escolas e hospitais.
Após ser decretada a falência, em 2016, o empreiteiro João Gomes de Oliveira, que antecedeu António Salvador no Sporting de Braga, chegou a processar a Caixa Geral de Depósitos, o BCP, o Novobanco e o Montepio Geral. Numa ação em que reclamava uma indemnização de 116 milhões de euros, acusava os quatro bancos de terem tido responsabilidade direta no fecho da empresa por, entre 2008 e 2009, terem “estrangulado a tesouraria com agravamentos brutais das taxas de juro, restrições ao crédito e pedidos de reembolso de empréstimos”.
Em comunicado, a Leilosoc salienta que a venda destas ações pretende “atrair investidores que procuram diversificar os seus portefólios e participar num mercado que, apesar das mudanças, continua a desempenhar um papel fundamental na economia regional e nacional”. “Este leilão eletrónico reflete o dinamismo do mercado de concessões em Portugal, visto que evidencia oportunidades para novos investidores no segmento”, acrescenta.
Assinado em maio de 2000 quando a Autoestrada do Algarve (A22) funcionava em regime de SCUT, sem portagens, o contrato de concessão assinado com o Estado termina em maio de 2030.
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