“Não nos surpreende que seja o PS a suportar o Governo”, diz Ventura

Ventura mantém voto contra do Chega ao OE 2025, argumentando que a proposta do Governo é da autoria de um "bloco central", algo com o qual o partido não se revê.

O líder do Chega admite não estar “surpreendido” que o PS tenha anunciado viabilizar o Orçamento do Estado para 2025 (OE 2025), argumentando que a proposta do Governo, entregue na semana passada à Assembleia da República (AR), tem tanto de medidas do PSD como do PS.

Não nos surpreende que seja o PS a assumir o encargo da governação, a suportar o Governo e a permitir este orçamento de bloco central“, afirmou André Ventura esta sexta-feira, em declarações aos jornalistas nos Passos Perdidos da AR. “Sempre ficou muito claro que este orçamento iria dar com uma mão e tirar com a outra. É um típico orçamento socialista”, criticou.

Aos olhos do líder do partido, “depois de muita encenação” protagonizada pelo secretário-geral socialista Pedro Nuno Santos ao longo da última semana, “faz todo o sentido” que, no final, a proposta do Governo para o OE 2025 conte com o apoio dos socialistas. “[O PS] é o parceiro de Montenegro”, atira.

Esta quinta-feira, o líder do PS anunciou que vai propor à Comissão Política Nacional que o partido se abstenha na votação do OE 2025, tanto na generalidade como na votação final global, permitindo assim que a proposta do Governo seja viabilizada mesmo com o voto contra do Chega. André Ventura garante que a posição do partido se manterá firme até à votação final global, em novembro, frisando que o partido está indisponível “para manter um orçamento igual ou parecido ao do PS”.

“Não sei, à hora em que estamos, se anunciar [o nosso] vota contra levou o PS a decidir diferente. A história não saberá, mas nós mantivemos o que tínhamos dito”, acrescentou ainda André Ventura, evitando recordar que, a 8 de outubro, dois dias antes da entrega do OE 2025, o partido se tinha disponibilizado para viabilizar o documento em caso de chumbo por parte do PS para “evitar uma crise política”. Depois disso, a 16 de outubro, já com a proposta apresentada pelo Governo, André Ventura anunciou o voto contra do Chega.

“Fora o PS e o PSD, o Chega é o maior partido desta Assembleia. Anunciou o seu voto contra precisamente porque este orçamento não respondia ao que as pessoas precisavam e era igualzinho ao que faria António Costa se estivesse a governar”, garante o líder do Chega.

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