Pioneira em cabines de telemedicina abre falência
Insucesso da sua última ronda de investimentos por detrás da paralisação das cabines de telemedicina da H4D em administrações locais.
A francesa H4D encerrou atividade após o Tribunal de Comércio de Paris ter decretado liquidação judicial da empresa no dia 26 de setembro por falta de comprador, segundo a união dos profissionais de saúde da região francesa Occitânia.
“A nossa situação financeira obriga-nos a encerrar os nossos serviços de um dia para o outro, devido à liquidação que foi decretada”, escreveu a empresa numa publicação na sua página do LinkedIn.
Fundada em 2008, a H2D foi pioneira na comercialização de cabines de telemedicina tendo sido a “primeira na Europa” a implementa-las, indicou Jean-Pascal Piermé, presidente da associação Empresas de Telessaúde.
Não obstante, funcionava como uma startup, necessitando de investimentos regulares para sustentar e expandir as suas atividades. “Infelizmente, a última ronda de investimentos, no ano passado, não foi bem-sucedida”, explica Valérie Cossutta, presidente da empresa.
Segundo Cossutta, o setor da telesaúde ainda é “um mercado frágil” à procura de um modelo económico viável para se tornar rentável e cobrir custos técnicos crescentes.
Atualmente, empregava 57 pessoas e contava na sua carteira de clientes com várias administrações locais, como os departamentos de Seine-et-Marne, Yvelines e Ain, além de empresas, por meio de sua atuação na medicina do trabalho.
Em Seine-et-Marne, há dez cabines que custaram 100 mil euros cada. Pararam de funcionar na manhã seguinte à decisão judicial, resultando no cancelamento das consultas agendadas, segundo o Le Parisien. Em Ain, as seis cabines instaladas sofreram o mesmo destino. O departamento de Yvelines, que planeava instalar 50 cabines com um investimento total de 10 milhões de euros, também foi afetado.
O destino desses equipamentos está nas mãos do liquidante judicial, deixando aberta a possibilidade de retomada da operação.
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