Montenegro deve “avaliar se ministra da Saúde reúne condições para continuar”, diz PS
PS apela ao primeiro-ministro para avaliar se Ana Paula Martins tem condições para se manter em funções. Marcelo avisa que é preciso encontrar respostas rápidas para os problemas na emergência médica.
O PS apelou esta quinta-feira ao primeiro-ministro para que avalie se a ministra da Saúde tem condições para se manter em funções, apontando os problemas recentes registados no INEM ou os que se verificaram nas urgências desde o verão.
Em conferência de imprensa na Assembleia da República, a vice-presidente da bancada do PS Mariana Vieira da Silva e o deputado João Paulo Correia anunciaram que o partido quer ouvir no parlamento, com urgência, o novo presidente do INEM e que questionará a ministra Ana Paula Martins durante a sua audição orçamental, na próxima semana, sobre a situação da emergência médica.
“Caso as respostas sejam insuficientes chamaremos também a senhora ministra”, disse Mariana Vieira da Silva, apelando ao consenso parlamentar para que estas audições se realizem durante o período de debate orçamental.
Antes, o deputado João Paulo Correia tinha defendido que “o primeiro-ministro tem de avaliar se a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, reúne ou não reúne condições para continuar a governar a pasta da saúde”, apontando várias situações ao longo dos últimos sete meses.
“O PS, na sua tradição, na sua cultura política, não pede a demissão de membros do Governo, mas face o que está a acontecer, morrem diariamente cidadãos por falta de socorro de emergência, é altura de o senhor primeiro-ministro vir a jogo e também intervir e avaliar se a ministra da Saúde tem condições”, afirmou.
Marcelo espera respostas rápidas para problemas na emergência médica
Já o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou esta manhã que é preciso encontrar respostas rápidas para os problemas na emergência médica, ressalvando não querer comentar negociações em curso nem casos concretos.
Questionado sobre a situação do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), à saída da Culturgest, em Lisboa, o chefe de Estado começou por evitar abordar o tema: “Eu não gosto de falar de problemas específicos da governação ou da Administração Pública, mesmo quando são muito urgentes ou prementes, como é o caso do INEM”.
Questionado, a seguir, sobre as reivindicações sindicais dirigidas ao Governo PSD/CDS-PP, argumentou que não lhe cabe falar “sobre o que está em curso, os contactos em curso”.
“O que eu posso desejar é que se encontre a melhor solução, a pensar nos portugueses, nas portuguesas que têm – todos nós temos, mas há quem tenha mais, e em condições de maior pobreza, maior dificuldade, maior distância – problemas de saúde, de emergência no domínio da saúde, que, como o nome diz, são mesmo de emergência e exigem uma resposta”, afirmou.
"Os problemas multiplicam-se e agravam-se com o tempo. É urgente encontrar respostas rápidas.”
Interrogado se, tendo em conta o que está a acontecer, se pode estar descansado, o Presidente da República respondeu: “Não, por isso é que convém, nesta matéria, no mais rápido período de tempo possível, encontrar soluções, neste como noutros casos, que permitam ultrapassar os obstáculos que existem”.
Confrontado com as mortes por falta de socorro do INEM, Marcelo Rebelo de Sousa, que tinha acabado de discursar no 13.ª Congresso Nacional da Administração Pública, não quis comentar “casos concretos”, mas defendeu, em termos gerais, que “mais vale prevenir do que remediar”.
“Isso é aquilo que, a todo momento, todos os que têm responsabilidades administrativas e políticas são chamados a tentar resolver, porque os problemas multiplicam-se e agravam-se com o tempo, e é urgente encontrar respostas rápidas”, acrescentou.
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