Quirónsalud redesenha o seu modelo de cuidados de saúde, reafirmando a humanização e a relação médico-doente

  • Servimedia
  • 18 Novembro 2024

O grupo inicia a implementação do projeto Scribe a nível nacional, que elimina as barreiras tradicionais entre médico e paciente, tendo a IA como aliada.

A Quirónsalud lançou o projeto Scribe, a iniciativa com a qual o grupo indicou que está a evoluir os cuidados de saúde tradicionais para um novo modelo centrado na “humanização total dos cuidados”.

Conforme noticiado na segunda-feira, esta abordagem coloca a relação médico-doente como a espinha dorsal da consulta, eliminando as distrações tecnológicas e os procedimentos administrativos para que os profissionais possam concentrar a sua atenção exclusivamente no doente. “Olhar nos olhos do paciente durante a consulta médica, compreender o que cada um precisa, é a nossa forma de atender ao que é mais importante para nós, as pessoas”, afirmou a Dra. Cristina Caramés, diretora de cuidados e investigação do Grupo Quirónsalud.

A utilização do Scribe, uma nova capacidade tecnológica da Quirónsalud que, através da utilização de Inteligência Artificial generativa, tornará isto possível, uma vez que permite a transcrição e interpretação automática da conversa entre o médico e o paciente. Desta forma, com base na voz, automatiza-se a introdução de dados no sistema, identificam-se os elementos chave para completar a história clínica do paciente, elimina-se toda a informação não relevante ou não relacionada com o processo clínico e, além disso, orienta-se o profissional durante toda a consulta para que se possa dedicar ao cuidado da pessoa do princípio ao fim.
Tudo isto resulta num novo modelo de atendimento que favorece uma relação mais próxima, otimiza significativamente o tempo da consulta e emite relatórios médicos de maior qualidade, que são entregues ao doente depois de revistos e validados pelo médico, assegurando uma redação clara e sem abreviaturas para facilitar a compreensão da situação, do diagnóstico e do tratamento, tanto pelos doentes como pelas suas famílias, segundo a organização.

Tudo isto se traduz num novo modelo de cuidados de saúde que fomenta uma relação mais próxima, optimiza significativamente o tempo de consulta e emite relatórios médicos de maior qualidade, que são entregues ao paciente depois de revistos e validados pelo médico, garantindo uma redação clara e sem abreviaturas para facilitar a compreensão da situação, do diagnóstico e do tratamento, tanto por parte dos pacientes como das suas famílias, segundo a entidade.

Explicou que, embora a tecnologia continue a ser um pilar fundamental e em crescimento nos centros Quirónsalud, foi integrada de forma a não interromper a dinâmica de atendimento e a permitir que o médico partilhe informações relevantes com o doente apenas quando necessário, sem afetar o fluxo da conversa, “o que garante que o atendimento é sempre dirigido ao doente e não aos dispositivos tecnológicos. Com o Scribe, devolvemos o contacto visual e a atenção total ao doente”.

O Scribe reforça a missão da Quirónsalud de oferecer cuidados de saúde mais humanos, próximos, eficientes e alinhados com os elevados padrões de qualidade que caracterizam o Grupo, em que a tecnologia está ao serviço do paciente e do profissional, mas nunca como uma barreira, mas sim como uma ajuda muito importante que agiliza e personaliza a consulta, otimizando o tempo e melhorando a experiência.

Salienta ainda que a evolução do modelo melhora não só a experiência do doente, mas também a do médico, que pode concentrar-se no que realmente interessa. Difere do modelo tradicional na medida em que o doente se auto-admite e avisa o médico quando pode ir diretamente para a consulta, sem ter de passar por uma sala de espera. Uma vez na sala de consulta, o especialista revê a história clínica e, se necessário, mostra os resultados dos exames, reforçando a transparência e a colaboração com o doente no seu próprio processo clínico.

Durante a consulta, o Scribe ouve e processa a conversa entre o médico e o paciente, sugerindo prescrições e exames com base nas informações trocadas. O médico pode efetuar um exame físico e indicar exames a realizar ou prescrever o tratamento adequado. Depois de analisar as sugestões fornecidas pela ferramenta, o médico valida ou ajusta a informação, reduzindo a margem de erro no registo dos dados, que são processados com total confidencialidade e armazenados de forma segura.

PRIMEIROS PILOTOS

O principal cenário de aplicação do modelo Scribe centra-se nas consultas externas, embora possa ser aplicado noutros contextos hospitalares. De facto, desde o passado mês de junho, este modelo está a funcionar no Serviço de Traumatologia e Cirurgia Ortopédica do Hospital Universitário Geral da Catalunha, com um elevado grau de satisfação dos pacientes. De acordo com a Dra. Sandra Quintela, traumatologista deste centro, “quando este futuro modelo for implementado a nível mundial, poderemos quebrar definitivamente as barreiras físicas para acompanhar os doentes durante todo o processo de uma forma mais humana”.

Em Madrid, também foram dados os primeiros passos neste modelo de atendimento em diferentes especialidades, como o Serviço de Pneumologia do Hospital Universitário Fundación Jiménez Díaz; o Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital Geral Universitário de Villalba; o Serviço de Urologia do Hospital Universitário Infanta Elena; e o Serviço de Cardiologia do Hospital Universitário Rey Juan Carlos.

“Nestes quatro centros, 90% dos pacientes mostraram a sua satisfação com esta nova forma de receber cuidados de saúde, destacando aspetos específicos como a proximidade do médico durante a consulta, a rapidez do atendimento ou a nova disposição das salas de consulta onde foram atendidos”, concluíram os Drs. Damián García Olmo e Emilio Calvo, respetivos chefes dos departamentos de Cirurgia Geral e Digestiva e de Cirurgia Ortopédica e Traumatologia destes quatro hospitais.

O Scribe já está a ser implementado em novos serviços e unidades em diferentes hospitais do Grupo Quirónsalud em toda a Espanha, com o objetivo de que, no início de 2025, o projeto seja utilizado por mais de 8.000 médicos, o que equivale a mais de 60% dos médicos da empresa.

 

 

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