UEC defende que “a força do futebol europeu reside nas competições nacionais” e rejeita as declarações de Al-Khelaifi contra elas

  • Servimedia
  • 12 Dezembro 2024

A União dos Clubes Europeus (UEC) respondeu com um comunicado a Al-Khelaifi, presidente da ECA (Associação Europeia de Clubes), na sequência da sua entrevista ao jornal “Marca”.

O treinador do PSG afirmou que as “ligas nacionais de 20 equipas” e outros torneios nacionais “aumentam” de alguma forma a carga de trabalho dos jogadores.

O comunicado emitido pela UEC salienta que “estes comentários seguem um padrão familiar: enquadrar as ligas nacionais como o problema para justificar a criação de mais espaço no calendário internacional para os clubes de elite jogarem torneios exclusivos entre si”.

Neste contexto, a UEC reafirma que “a principal força do futebol europeu reside nas suas ligas nacionais, que devem continuar a ser a pedra angular do desporto. As competições nacionais são o palco principal onde clubes de todas as dimensões e os seus jogadores competem, se desenvolvem e prosperam. Além disso, sublinha que “reduzir a sua importância” – a das competições nacionais – “para dar prioridade a um punhado de clubes de elite só irá aprofundar o fosso financeiro e competitivo no futebol europeu, prejudicando ainda mais o mérito desportivo”.

Esta resposta da UEC desafia a noção de que os torneios internacionais são necessários para aumentar “a atração global do futebol”. A este respeito, a UEC sublinha que “as ligas nacionais já atraem milhares de milhões de telespetadores em todo o mundo e criam os jogadores e as histórias que impulsionam a popularidade do desporto em todo o mundo. Em vez de as enfraquecer, temos de proteger e reforçar estas competições para garantir um futuro justo, inclusivo e sustentável para o futebol. Uma vez que está em causa a saúde a longo prazo do futebol europeu, é essencial efetuar uma consulta significativa.

A UEC também utiliza esta declaração para criticar o facto de “as decisões tomadas em função das preferências de um pequeno grupo de clubes de elite não poderem ser tomadas em detrimento dos clubes e ligas que representam a grande maioria dos intervenientes no futebol”. A UEC conclui salientando “o compromisso de assegurar que as competições nacionais continuem a prosperar e que as vozes de todos os clubes sejam ouvidas e respeitadas”.

Por último, a UEC recorda ainda que o antecessor de Al-Khelaifi como presidente da ECA, Andrea Agnelli, “defendeu abertamente a redução da dimensão das ligas nacionais para dar lugar a mais jogos internacionais de clubes”, uma ideia que culminou no controverso projeto da Superliga e que Al-Khelaifi rejeitou publicamente, mas, segundo a UEC, “as suas recentes declarações sugerem que a mesma visão persiste sob uma nova roupagem”. Por esta razão, a UEC “convida Al-Khelaifi a retificar os seus comentários, ao mesmo tempo que apela às ligas, aos clubes, aos jogadores e aos adeptos para que resistam a estes esforços contínuos para minimizar a importância das competições nacionais. Juntos, podemos proteger a integridade do futebol europeu e garantir que este continua a ser um desporto para todos e não apenas para alguns privilegiados.

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