Montenegro exalta rigor orçamental “sem truques” e imigração regulada na mensagem de Natal

Na primeira mensagem de Natal enquanto primeiro-ministro, Montenegro prometeu reforços nos serviços públicos e na habitação, maior criação de riqueza, imigração regulada e salvaguarda da segurança.

Na primeira mensagem de Natal enquanto primeiro-ministro, Luís Montenegro dirigiu-se aos portugueses com uma retórica de conquista e esperança nas políticas públicas que promovam o crescimento económico, a valorização dos salários, o investimento na habitação, escolas e hospitais e a regulação da imigração.

“Estamos a resolver as questões mais urgentes, ao mesmo tempo que vimos implementando transformações estratégicas e estruturais. Decidimos baixar os impostos sobre o trabalho e sobre as pensões e aprovámos mesmo o primeiro orçamento, de que há memória, que não aumenta um único imposto. Também atualizámos, sem truques, todas as pensões”, enumerou, num vídeo divulgado nas redes sociais.

O líder do Executivo garante que o fez “sem truques” e com rigor, equilíbrio e disponibilidade orçamental, porque a redução dos impostos e subida dos salários é “um elemento de política económica e social”. “Queremos premiar o trabalho para estimular a produtividade e a economia do país e para garantir mais justiça social”, afirmou aos portugueses nesta quadra natalícia.

O primeiro-ministro não descartou o tema da imigração e da segurança, que subiu de tom nas últimas semanas devido ao relatório da Fundação Francisco Manuel dos Santos e à operação policial na zona do Martim Moniz, que motivou uma carta aberta com críticas de 21 personalidades.

Vamos promover uma imigração regulada para acolher com dignidade e humanismo aqueles que escolherem viver e trabalhar no nosso país”, comprometeu-se, acrescentando que o Governo também irá apostar no combate à criminalidade e tráfico de droga. “Somos um dos países mais seguros do mundo, mas temos de salvaguardar esse ativo para não o perdermos”, advertiu.

Depois de nove mensagens de Natal de António Costa, Luís Montenegro lançou-se na sua com a afirmação de que este ano foi “de viragem e de mudança”, mas o Governo não quer “olhar ou criticar o passado”, referindo-se às anteriores legislaturas socialistas. Certo é que, nesta mesma mensagem, optou para olhar para o seu (recém) passado: as medidas implementadas nos últimos sete meses, como as dos jovens – onde se destaca o alargamento do IRS Jovem e a garantia pública no crédito à habitação – e idosos (complemento solidário e suplemento extraordinário de pensões) ou até o acordo tripartido com os parceiros sociais.

“Na fiscalidade, adotámos medidas impactantes para os nossos jovens, que queremos que fiquem e trabalhem em Portugal, junto dos seus amigos, dos seus pais e dos seus avós. Por outro lado, acordámos na concertação social o aumento do salário mínimo nacional, estimulando, em simultâneo, o aumento do salário médio. Ao mesmo tempo, acertámos com os sindicatos a valorização geral dos salários dos trabalhadores do Estado e estamos a melhorar as remunerações de setores-chave da Administração Pública, como os professores, os polícias, as Forças Armadas, os funcionários da Justiça, do sistema prisional e da área da saúde”, mencionou.

Para estratégia de futuro, disse ainda que Portugal terá uma economia que valoriza a mobilidade verde e as métricas de sustentabilidade e o Governo irá incentivar a construção de casas para vender e arrendar “a valores moderados”.

Luís Montenegro concluiu com votos de feliz Natal para todos, especialmente às mulheres e crianças que são vítimas de violência, aos que estão doentes, desempregados ou numa situação de pobreza e àqueles que trabalham para o bem-estar da população durante as festividades, nomeadamente os profissionais de saúde, as forças de segurança, assistentes sociais, bombeiros, jornalistas e militares em missão.

“Num mundo em convulsão, com guerras militares e comerciais, a gerar incerteza e imprevisibilidade, numa Europa apreensiva com a estagnação da Alemanha e o défice e o endividamento da França, Portugal é um referencial de estabilidade e um país de oportunidades”, refere o primeiro-ministro, realçando que o país “tem tudo para criar mais riqueza”, que é necessária para continuar a salvar o Estado social e a igualdade de oportunidades.

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