Prada pondera ir às compras de luxo na Versace

A marca italiana contratou o banco de investimento Citi para perceber se faz sentido avançar para uma proposta de aquisição. É a segunda vez que a Prada vai atrás da Versace em sete anos.

O ano começa movimentado no mercado das gigantes do luxo. A marca de moda italiana Prada estará a avaliar a compra da Versace e contratou o banco de investimento Citi para perceber se faz sentido avançar para um acordo, avançou esta sexta-feira o jornal Il Sole 24 Ore.

Os donos da Versace – a Capri Holdings – têm interesse na venda, uma vez que recorreram ao Barclays para explorar alternativas para o futuro da marca conterrânea, e de outras do portefólio, como a especialista em sapatos Jimmy Choo.

A notícia surge apenas dois meses após uma tentativa de fusão de 8,5 mil milhões de dólares (aproximadamente 8,3 mil milhões de euros) entre a Capri Holdings, que também detém a Michael Kors, e o grupo Tapestry, ter sido suspensa por uma ordem judicial dos Estados Unidos que alertou para questões regulatórias (anticoncorrenciais). O negócio acabou por cair por decisão das partes.

A Prada é uma marca que têm estado dinâmica no mercado, até porque nos últimos meses ganhou expressão internacional devido a lançamentos de novos produtos e buzz nas redes sociais sobretudo por causa da chamada geração Z. No terceiro trimestre, as suas vendas aumentaram 18% à boleia da Miu Miu. Certo é que a corrida a esta compra não é exclusiva, pois já esteve a ser considerada pela Exor, detida pela família Agnelli-Elkann, e pelo grupo Kering.

A Versace pertence à Capri Holdings desde 2018, quando o grupo deu 1,8 mil milhões de euros à família Versace e ao fundo Blackstone. Nesse mesmo ano, a Prada esteve a ‘piscar o olho’ à Versace, embora tenha acabado por decidir não avançar para o negócio.

O mercado das fusões e aquisições do luxo, à semelhança do que se verificou no contexto geral, arrefeceu no ano passado depois de um pós-pandemia recordista no fecho de negócios. Apesar de menos ‘apertos de mão’ em 2024, houve transações de relevo que marcaram a indústria dos bens de luxo.

É o caso da gigante dos óculos EssilorLuxottica, que se lançou na compra da Supreme à VF Corporation ou a aliança entre a empresa do homem mais rico da Europa, a LVMH, à Moncler, para comprar uma participação de 10% na Double R. Nota ainda para a compra de 30% da Valentino pela Kering – apesar de ter sido em 2023 existe a opção de adquirir o resto da marca até 2028, como escreveu a Vogue.

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