Paris e Berlim ameaçam retaliar se houver novas tarifas de Trump

  • Lusa e ECO
  • 13:22

Se Washington aumentar mesmo as tarifas alfandegárias aos produtos importados da União Europeia, os EUA sofrerão retaliações económicas, garantiram Emmanuel Macron e Olaf Scholz.

Os líderes da Alemanha e da França garantiram esta segunda-feira que se Washington aumentar as tarifas alfandegárias aos produtos importados da União Europeia (UE), sofrerá retaliações económicas.

“Se for atacada por questões comerciais, a Europa, enquanto potência que mantém a sua posição, teria de ganhar respeito e, por conseguinte, reagir”, referiu o Presidente francês, Emmanuel Macron, em declarações à entrada do retiro de líderes europeus em Bruxelas.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, também adiantou que o bloco europeu, “como o espaço económico mais forte [do mundo]” deve poder reagir também aumentando as suas medidas pautais.

“Devemos fazê-lo e fá-lo-emos, mas o objetivo deve ser a cooperação”, afirmou Scholz à chegada à cimeira informal dos líderes europeus, hoje, em Bruxelas.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que os produtos europeus vão ser sujeitos a taxas aduaneiras “muito em breve”, na sequência da imposição de tarifas à importação de produtos do Canadá, México e China.

O primeiro retiro de líderes da UE, organizado pelo presidente do Conselho Europeu, António Costa, decorre hoje em Bruxelas e é dedicado à segurança e defesa, quando existe um “sentido de urgência” para investir mais.

Banco de França: Bruxelas não pode ser indefesa

Também esta manhão, o governador do Banco de França considerou “preocupante” a decisão dos Estados Unidos de impor tarifas aduaneiras ao Canadá, México e China e defendeu que a União Europeia não pode excluir uma resposta nem agir de forma “ingénua ou indefesa”.

“Não devemos excluir uma resposta, porque não devemos ser ingénuos nem indefesos”, afirmou o governador do Banco de França, François Villeroy de Galhau, à estação de rádio ‘France Info’.

Em todo o caso, para o banqueiro central francês é necessário manter a “calma” e o cerne da resposta europeia deve ser o reforço da economia do bloco e a inovação mais rápida.

O protecionismo demonstrou “sempre e em todo o lado” que “todos perdem”, recordou Galhau, acrescentando que este tipo de medidas são negativas tanto para o país que as introduz como para todos os seus parceiros.

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