Portugal acompanhará portugueses caso sejam deportados dos EUA, diz Rangel
O ministro dos Negócios Estrangeiros disse que "muitos estabelecimentos comerciais dos portugueses" nos EUA estão "vazios, porque as pessoas têm medo de sair à rua".
O ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou esta terça-feira que ainda não foram deportados portugueses ou luso venezuelanos dos Estados Unidos, desde que Donald Trump anunciou uma campanha de deportações, e assegurou que, se regressarem, terão “um acompanhamento próprio”.
Paulo Rangel falava na Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, onde decorre uma audição regimental, em resposta ao deputado socialista Paulo Pisco, que acusou o Governo de “desvalorização da situação”.
“Há uma situação de verdadeiro terror, de medo por parte da comunidade portuguesa que está nos vários estados dos Estados Unidos e que têm medo de sair à rua”, disse Pisco. E adiantou: “Muitos estabelecimentos comerciais dos portugueses, e que os portugueses estão habituados a frequentar, estão vazios, porque as pessoas têm medo de sair à rua”.
Rangel recusou visões “catastróficas” e referiu que o Governo português está a acompanhar, “ao milímetro, através dos postos consulares, das embaixadas e do Ministério dos Negócios Estrangeiros, a situação dos portugueses indocumentados e ilegais”. O ministro indicou que o executivo já tem uma ideia de quantos portugueses se encontram nesta situação, escusando-se a revelar um número.
Rangel subscreveu as preocupações de Paulo Pisco em relação ao impacto que a “incerteza” tem nestes portugueses, afirmando que a mesma “é perturbadora e exige ação da parte do apoio português”.
“Estamos a preparar e a acompanhar dia a dia, hora a hora, minuto a minuto, a situação”, afirmou o governante, esclarecendo: “Não passa pela cabeça de ninguém que o Governo português e os serviços periféricos do Governo português tenham abandonado esses portugueses”. Rangel disse acreditar que “há casos em que se podem resolver as situações”.
“Até agora não há nenhuma razão para pensar que está em vias de ser tomada alguma decisão e, se vier a acontecer, cá estaremos para acompanhar essas pessoas, preferencialmente ficando nos Estados Unidos, ou se regressarem com um acompanhamento próprio”, referiu.
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