Fusões e aquisições em Portugal caíram 40% no arranque do ano
Mercado que engloba fusões e aquisições, private equity, capital de risco e compra de ativos em Portugal movimentou mais de 380 milhões de euros. Compra da Bolseira pela Core Capital em destaque.
O mercado transacional português entrou com o pé esquerdo em 2025, um ano que se antevê de retoma dos negócios. As fusões e aquisições (M&A) em Portugal, incluindo private equity, capital de risco e compra de ativos, desceram 40% em janeiro, para 40 operações, segundo a base de dados TTR.
O relatório de M&A, considerado um dos mais representativos do país, mostra que o capital mobilizado nesses negócios rondou os 385 milhões de euros, 62% abaixo do primeiro mês do ano passado. No entanto, só 28% – menos de um terço – é que publicaram os seus valores.
Como tem vindo a ser tendência nos últimos anos, o setor de imobiliário foi o mais ativo em janeiro (sete negócios). Segue-se a categoria de viagens, hotéis e entretenimento, que a empresa autonomiza do imobiliário, com cinco. E logo depois a Internet, software e serviços tecnológicos com quatro operações.
O negócio do mês, na opinião dos analistas da TTR Data foi a aquisição da Bolseira pela Core Capital por 9,5 milhões de euros, uma operação que contou com a assessoria jurídica dos escritórios SRS Legal e CS’Associados, enquanto a EY Portugal fez a due diligence. Contudo, o documento assinala a compra da Claranet Portugal pela NOS, por 152 milhões de euros, como o negócio de maior dimensão, apoiado pela Morais Leitão.
Espanha e Brasil destacaram-se nas operações transfronteiriças (cross-border) quanto ao número de transações, uma vez que foram os países que mais investiram em Portugal no primeiro mês do ano, contabilizando seis e três transações, respetivamente. Por sua vez, as empresas nacionais escolheram Espanha e Estados Unidos como principal destino de investimento, com três e duas operações, pela mesma ordem.
Nas subcategorias de capital privado (private equity), capital de risco (venture capital) e compra de ativos (asset acquisitions), destaque novamente para o private equity, que foi o único dos três que se manteve em linha com o período homólogo com quatro transações, de um total de 10 milhões de euros.
Tanto o venture capital, que registou três rondas de investimentos num acumulado de 44 milhões de euros, como o segmento de compra de ativos – 10 transações com 24 milhões de euros – caíram a pique. A redução foi de 37% no número de operações e de 87% no valor, de acordo com o relatório publicado esta quinta-feira na íntegra.
O ranking de assessores financeiros menciona apenas a Alkar Corporate Finance e a EY Portugal na vertente consultoria.
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