“Não temos uma cultura de corrupção, mas de desleixo”, diz presidente do Tribunal de Contas
Filipa Calvão diz que Portugal, como povo, não é bom a planear. No contexto autárquico, vê mais oportunidades para a prática de atos ilegais, que justifica com "falta de preparação dos serviços".
A nova presidente do Tribunal de Contas, Filipa Calvão, vê em Portugal “uma cultura não de corrupção, mas de desleixo e de falta de planeamento“. “Se sabemos que há um contrato que acaba no final de 2025, então no início do ano há que começar a preparar um novo procedimento de contratação”, afirma a responsável, numa entrevista conjunta à Rádio Renascença e ao jornal Público.
Segundo Filipa Calvão, o contexto autárquico, “por força da proximidade em relação à população e, portanto, às empresas, é porventura mais atreito a atos menos conformes com a lei”, devido à “falta de preparação dos serviços de apoio” para lidar com a contratação pública.
Sobre o caso da nomeação de Helder Rosalino para secretário-geral do Governo, que se tivesse tomado posse iria ganhar um salário quase o dobro face ao do primeiro-ministro, considera que “a Administração Pública tem uma dificuldade muito grande de concorrer com o mercado em relação a especialistas em determinadas matérias”.
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