Startup turca de viagens Tripnly muda sede para Lisboa e prepara ronda de financiamento
A startup quer ajudar viajantes e empresas do setor turístico a atingir a neutralidade carbónica através do uso de IA.
A startup turca de viagens Tripnly mudou a sua sede para Lisboa e prepara conclusão da ronda de financiamento de cerca de meio milhão de euros para escalar a operação e reforçar equipa. A startup, que tem como objetivo ajudar viajantes e negócios turísticos a reduzir a sua pegada de carbono, quer reforçar “o mais breve possível” com cinco novos colaboradores.
“Portugal é um hub de inovação vibrante e o dinâmico ecossistema tech de Lisboa torna-o a base perfeita para escalar. Com um forte setor turístico, conectividade global, e abertura a novas ideias, Portugal é a base de lançamento perfeita para a visão da Tripnly de redefinir as viagens“, explica Alper Aydin, cofundador e CEO da Tripnly, ao ECO.
“Escolhemos estrategicamente Lisboa porque acreditamos que estar aqui irá funcionar como catalisador na nossa jornada de startup a scaleup“, justifica ainda.
A startup já levantou 240 mil euros, metade do valor da ronda de investimento pré-seed, junto a “cinco angel investors, um deles português“, diz o CEO. “Neste momento, estamos ativamente a discutir com grupos de business angels e VC de Portugal para garantir a metade remanescente da ronda”, adianta. A ronda, para um total de 480 mil euros, avalia a startup em seis milhões de euros.
Escolhemos estrategicamente Lisboa porque acreditamos que estar aqui irá funcionar como catalisador na nossa jornada de startup a scaleup.
“Os fundos que já levantamos serão usados principalmente para aumentar as nossas capacidades IA e expandir a nossa equipa através do recrutamento de cinco talentos locais”, revela. React developers, engenheiros de IA, community manager e um especialista em marketing digital são os perfis procurados pela startup.
“A nossa prioridade é recrutar localmente em Lisboa e Portugal. Contudo, na Tripnly, abraçamos uma postura de ‘work-from-anywhere‘, criando uma equipa diversa de entusiastas de viagens de todo o mundo. Acreditamos que as pessoas são o coração da nossa empresa, e que esse coração bate no lugar onde os nossos colaboradores trabalham”, diz o CEO.
O que oferece a plataforma?
“A Tripnly funciona como uma ponte entre os utilizadores B2C e os parceiros B2B promovendo um ecossistema de viagens dinâmico”, diz o cofundador.
A plataforma usa inteligência artificial (IA), machine learning e blockchain para ajudar os viajantes a reduzir a sua pegada ecológica. O objetivo é que cada viagem atinja a neutralidade carbónica até 2030.
A aplicação permite aos “utilizadores planear as suas viagens, fazer reservas, criar conteúdo e até gerar receita com o seu conteúdo“, descreve. Já os parceiros B2B “o marketplace integrado permite aos negócios relacionados com viagens ligarem-se diretamente aos viajantes através da oferta de produtos e serviços com descontos, códigos promocionais e vouchers, assegurando visibilidade, envolvimento e receita adicional“, acrescenta.
E como a sustentabilidade é um “pilar central”, através da iniciativa “2030 Commitment: Carbon-Neutral Trips” a startup lançou, com recurso a tecnologia de IA, uma calculadora que mede a pegada carbónica “permitindo aos viajantes calcular a sua pegada carbónica, converte-la num recurso financeiro e doá-lo a projetos ambientais internacionais, encorajando a viagens neutras do ponto de vista da pegada carbónica”, explica Alper Aydin.
“A nossa visão vai para lá dos viajantes individuais. Tendo recebido uma pré-aprovação do nosso projto de 6 milhões de euros do European Innovation Council (EIC) Accelerator, estamos agora no processo de submissão de um plano de negócio para aprovação final. Quando concluído, iremos desenvolver uma solução SaaS que irá permitir aos clientes B2B medir os âmbitos 1,2 e 3 das emissões de carbono”, isto é, se são emissões diretas, indiretas e da cadeia de valor.
Planos de expansão
Atualmente, a startup tem uma “presença forte” em Portugal e Turquia. “Para 2025, o nosso objetivo é reforçar a nossa presença na Península Ibérica e Europa Ocidental”, diz. E até ao final do ano atingir “mais de 150 parceiros B2B e mais de 500 mil utilizadores mensais únicos”.
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