Galp confirma nova descoberta de petróleo na Namíbia. Resultados “abrem novas oportunidades de exploração”

Companhia perfurou, recolheu amostras e registou “com sucesso” o quinto poço no complexo africano, com os dados preliminares a confirmarem “colunas significativas de petróleo leve e gás condensado”.

A Galp deu conta esta terça-feira de um resultado positivo nos trabalhos de perfuração do quinto poço de petróleo no complexo de Mopane, na Namíbia, localizado a 18 quilómetros do primeiro poço do bloco petrolífero conhecido por Licença de Exploração de Petróleo 83 (PEL 83, na sigla original em inglês).

Em comunicado enviado à CMVM, a companhia portuguesa informa que perfurou, recolheu amostras e registou “com sucesso” o quinto poço (Mopane-3X), com os dados preliminares a confirmarem “colunas significativas de petróleo leve e gás condensado” nos dois reservatórios identificados no final de dezembro e nas areias mais profundas, a cerca de 1.200 metros de profundidade.

“As medições de registo nos reservatórios confirmam boas porosidades, altas pressões e altas permeabilidades. As amostras iniciais dos fluidos mostram baixa viscosidade no petróleo e concentrações mínimas de CO2 e H2S. As amostras foram enviadas para testes de laboratório”, refere a companhia coliderada interinamente por Maria João Carioca e João Diogo Marques da Silva.

Nesta nova atualização sobre a exploração e avaliação dos ativos petrolíferos no país africano, em que detém 80% – os parceiros neste projeto são a NAMCOR e a Custos (10% cada), a Galp refere que “as pressões mais elevadas do que o esperado e os resultados preliminares abrem novas oportunidades de exploração e de avaliação na região sudeste de Mopane”.

“Todos os novos dados vão ser integrados no modelo e apoiar o planeamento de novas atividades potenciais”, acrescenta a petrolífera portuguesa, quem em 2024 viu os lucros caírem 4%, para 961 milhões de euros. Ainda assim, foi o segundo melhor ano de sempre para a companhia, com a administração a propor aos acionistas reforçar em 15% o dividendo, para 0,62 euros por ação.

No rescalda da apresentação de resultados, numa chamada com analistas, Maria João Carioca referiu que a Galp continua sem pressa para encontrar um parceiro para o projeto de exploração na Namíbia. “Continuamos a procurar a solução que nos dê a certeza de que retiramos valor do ativo. Tendo em conta a respetiva dimensão e potencial, acreditamos que a venda parcial [farm down] é, obviamente, uma solução natural”, referiu a co-CEO.

O potencial comercial desta posição de 80% no bloco de exploração de petróleo na Namíbia tem despertado a atenção de gigantes do setor desde que foi divulgado, em abril do ano passado. A Galp pretende manter uma posição significativa, mas já foi noticiado pelas agências internacionais que a empresa portuguesa estaria a considerar vender uma fatia de 40% destes ativos.

 

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