Novo crédito para a compra de casa trava no arranque do ano
Montante das novas operações baixou 567 milhões face a dezembro. Empréstimos pedidos por mutuários até 35 anos, que beneficiam da garantia pública para jovens, representam 45% das novas operações.
As novas operações de crédito à habitação atingiram os 1.522 milhões de euros em janeiro, revelou o Banco de Portugal. O montante financiado no arranque do ano representa uma descida de 567 milhões de euros face ao valor emprestado em dezembro, sendo que o crédito concedido a jovens com menos de 35 anos representou 45% do total.
Apesar da quebra registada face aos mais de 2.089 milhões financiados em crédito para a compra de casa, no último mês de 2024, o montante financiado para novos contratos de habitação ficou 313 milhões de euros acima dos 1.209 milhões emprestados em créditos para a mesma finalidade, em janeiro de 2024, mostram os dados divulgados esta quarta-feira pela Banco de Portugal.
Montante de novos contratos de empréstimos à habitação

Segundo o regulador, o crédito concedido a mutuários com menos de 35 anos representou 45% do montante de novos contratos para habitação própria permanente concedidos em janeiro, um peso semelhante ao observado para o mês de dezembro.
Os jovens até aos 35 anos que comprem casa beneficiam, desde o início do ano, da garantia pública para o crédito à habitação jovem.
Apesar do ritmo de pedidos de financiamento para a compra de casa ter abrandado no primeiro mês do ano face aos montantes concedidos em dezembro, o valor dos novos empréstimos mantém-se em níveis elevados, sustentando o crescimento do “stock” de crédito que existe nos balanços dos bancos. O montante total de crédito à habitação em Portugal cresceu, em janeiro, 4,1%, pelo 13.º mês.
Em termos globais, as novas operações de empréstimos aos particulares, que incluem contratos renegociados, totalizaram 2.779 milhões de euros em janeiro, menos 635 milhões do que em dezembro.
Sem contabilizar renegociações, os novos contratos de empréstimos a particulares diminuíram 648 milhões de euros, para 2.263 milhões.
Os novos contratos nas finalidades consumo e outros fins diminuiram 13 e 68 milhões de euros, para 532 e 209 milhões de euros, respetivamente.
As renegociações de crédito aumentaram 13 milhões de euros, para 517 milhões de euros. “Este aumento foi transversal a todas as finalidades”, explica o supervisor.
A taxa de juro média das novas operações de crédito à habitação praticamente não se alterou relativamente ao mês anterior, fixando-se em 3,22% (3,21% em dezembro). A estabilização desta taxa acontece após 14 meses consecutivos de redução, refere o Banco de Portugal.
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