Lucros da principal concessão da Brisa sobem 18%. Portagens renderam 806,5 milhões em 2024

Resultados da BCR - Brisa Concessão Rodoviária beneficiam do crescimento da economia, que "continuou a impactar positivamente o tráfego” rodoviário. Circulação subiu 5,2% na rede com 11 autoestradas.

A BCR – Brisa Concessão Rodoviária fechou o ano passado com lucros de 325,9 milhões de euros, o que representa uma subida de 17,8% face a 2023, de acordo com a informação comunicada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Os resultados beneficiaram do “crescimento do PIB português [que] continuou a impactar positivamente o tráfego” rodoviário.

Em 2024, o tráfego médio diário foi de 24.386 veículos (93,7% ligeiros), um aumento de 4,9% em comparação com o período homólogo. Já a circulação subiu 5,2%, beneficiando do facto de ter sido um ano bissexto, salienta a principal concessão do Grupo Brisa, que abrange a ‘espinha dorsal’ do sistema rodoviário português, num total de 11 autoestradas e 1.124 quilómetros.

Esta evolução positiva permitiu à empresa melhorar os seus resultados operacionais, com o EBITDA a atingir os 689,9 milhões de euros, mais 8,9% do que no ano anterior, enquanto o EBIT se situou nos 523,7 milhões de euros em 2024, um aumento de 15,3% face ao período homólogo.

A 31 de dezembro, a dívida bruta da BCR ascendia a 1.384 milhões de euros (ótica nominal), com um custo médio ponderado estável em 2,9%. No último ano, destaca a companhia, foram reembolsados 25 milhões referentes a um empréstimo obrigacionista, 39 milhões de um empréstimo do Banco Europeu de Investimento (BEI) e 147 milhões de dívida de curto prazo.

Dívida financeira e liquidez

Impulsionados pela subida de 7,6% nas receitas de portagem (806,5 milhões de euros) e de 4,7% nas relacionadas com as áreas de serviço (30,6 milhões), os rendimentos operacionais totalizaram 843,4 milhões de euros no final do ano passado. A 1 de janeiro de 2025, a empresa aumentou os preços em 52 portagens. Lisboa-Porto passou a custar mais 70 cêntimos.

Uma subida de 7,4% neste indicador que compara com a progressão de 1,2% nos gastos operacionais – excluindo amortizações, depreciações, ajustamentos e provisões – que atingiram os 153,4 milhões, pressionados pela subcontratação dos serviços de operação e manutenção de autoestradas pela cobrança eletrónica de portagens.

Na mesma nota, a principal unidade de negócio do grupo Brisa – detido pela Rubicone, um consórcio de investidores institucionais holandeses, sul-coreanos e suíços – contabiliza que o investimento (CAPEX) na conservação e melhoria da infraestrutura manteve-se a rondar os 62 milhões de euros.

A maior fatia do investimento realizado no último ano, equivalente a 40,3 milhões de euros, foi destinada a “grandes reparações, maioritariamente relacionadas com trabalhos de pavimentação na A1, A2, A3 e A6, mas também com intervenções em viadutos e outras estruturas”.

Finalmente, no capítulo do desempenho ESG, a empresa salienta a diminuição de 56,3% no número de vítimas mortais (total de 14) em acidentes rodoviários na rede BCR face a 2019, que aponta como o ano de referência para esta década. Também o número de feridos graves caiu 40,2% face ao ano anterior à pandemia (61 em 2024 vs. 102 em 2019).

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