Pedro Nuno Santos admite margem para evitar eleições

  • Lusa
  • 7 Março 2025

O secretário-geral do PS disse ainda haver margem para evitar eleições se Luís Montenegro não avançar para uma moção de confiança e estiver preocupado com a estabilidade política.

O secretário-geral do PS disse hoje ainda haver margem para evitar eleições se Luís Montenegro não avançar para uma moção de confiança e estiver preocupado com a estabilidade política. “Há margem para não haver eleições e eu faço esse apelo ao primeiro-ministro: se está preocupado com a estabilidade política no nosso país, não avance com a moção de confiança. Nós garantimos, da nossa parte, que não aprovaremos moções de censura, por razões de defesa da estabilidade“, afirmou Pedro Nuno Santos.

O líder socialista, que falava aos jornalistas à margem do jantar de apresentação da recandidatura de Vítor Hugo Salgado à Câmara e Vizela, no distrito de Braga, referiu que, “se o primeiro-ministro não está preocupado com o país, está preocupado em evitar uma comissão parlamentar de inquérito“, então há um problema e o país tem de mudar de primeiro-ministro.

Pedro Nuno Santos disse ser importante questionar sobre “quem é que começou esta crise e porque é que começou”. “Se nós, no final destas duas semanas, nos virarmos para o PS a pedir que se preocupe com a instabilidade do país, é o mundo ao contrário”, referiu, recordando que, “na realidade, o PS foi sempre contribuinte da estabilidade política em Portugal, desde o início [da legislatura]”.

Para o secretário-geral socialista, Portugal atravessa hoje “uma crise difícil em Portugal”, mas assinalou que o seu único responsável é Luís Montenegro. “É o primeiro-ministro que decide apresentar uma moção de confiança, já sabendo, de antemão, qual a intenção de voto de todos os partidos. Luís Montenegro, quando decide apresentar uma moção de confiança, na realidade, ele decidiu ir para eleições“, observou.

Pedro Nuno Santos considerou não ser correto estar a responsabilizar o PS pela situação, recordando que os socialistas disseram sempre que queriam explicações, que queriam “a clarificação do caso e não a instabilidade”.

“Por isso, é que apresentámos a intenção de avançar com a comissão parlamentar de inquérito, que é essencial para nós apurarmos a verdade, do que realmente aconteceu”, acrescentou.

Para o líder do PS, “não basta o primeiro-ministro dizer que a empresa prestou serviços aos seus clientes, quando, neste momento, a perceção que está instalada no país, é que os serviços não foram prestados ou não foram prestados pelo valor que foi pago e isso é gravíssimo”.

“Não é aceitável que tenhamos tido um primeiro-ministro avençado a receber de empresas, sem o correspondente trabalho prestado a essas empresas”, criticou.

Reafirmando estar nas mãos do Governo não haver eleições, considerou que “o Governo está obviamente desorientado, de cabeça perdida”. “Em vez de estar a atirar o país para eleições, o que devia fazer era dar explicações ao país. Infelizmente, Luís Montenegro, em vez de parar com as avenças, quer parar com o país, em vez de dar explicações aos portugueses, prefere atirar o país para eleições e isso não é aceitável“, concluiu.

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