Montenegro aponta que “vale a pena enfrentar ondas contestatárias” para cumprir uma convicção

  • Lusa
  • 13:50

Primeiro-ministro apontou esta terça-feira a privatização da OGMA como um exemplo de que, por vezes, “vale a pena enfrentar algumas ondas contestatárias” para cumprir uma convicção.

O primeiro-ministro apontou esta terça-feira a privatização da OGMA como um exemplo de que, por vezes, “vale a pena enfrentar algumas ondas contestatárias” para cumprir uma convicção, reiterando que não deve ser o Estado a escolher as áreas onde investir.

Luís Montenegro presidiu à cerimónia que assinalou os 20 anos de privatização da OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, localizada em Alverca (Lisboa), que contou também com os ministros da Defesa Nacional, Nuno Melo, da Economia, Pedro Reis, e do chefe do Estado-Maior da Força Aérea, almirante Jorge Nobre de Sousa.

Na sua intervenção, recordou que cumpria o seu primeiro mandato como deputado quando foi decidida a privatização da OGMA e salientou que “não era nada consensual a decisão que se estava a tomar”: “Havia dúvidas, muitos manifestavam o seu pessimismo relativamente ao modelo que estava a ser sugerido e que viria depois a ser decidido, desta autêntica Parceria Pública Privada”, referiu.

© 2025 LUSA – Agência de Notícias de Portugal, S.A.

Às vezes, de facto, vale a pena enfrentar algumas ondas contestatárias, vale a pena arriscar, vale a pena ousar, ir à procura de cumprir uma convicção, um modelo, claro, com sustentação. Não estamos a falar de aventuras, estamos a falar de projetos sustentados, estudados, alicerçados”, afirmou, numa altura em que o país enfrenta uma crise política e se preparar para ir novamente para eleições antecipadas a 18 de maio.

O primeiro-ministro demissionário aproveitou ainda a sua intervenção para voltar a criticar, sem dizer destinatários, uma proposta que tem sido defendida pelo secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos.

Nesta altura em que alguns sustentam a ideia de que o Estado deve definir as áreas económicas nas quais o país deve alocar os seus recursos, nós temos uma filosofia diferente. O país é que escolhe as áreas onde é competitivo e depois o Estado, naturalmente, está cá para ajudar (…) A economia gera-se por si própria e o Estado não deve atrapalhar”, defendeu.

O Estado português detém 35% desta empresa de indústria aeronáutica, através da idD Portugal Defence, sendo a acionista maioritária a brasileira Embraer, com 65% do capital.

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