Lusiaves aquece corrida aos frangos espanhóis e sobe proposta de compra para 380 milhões
A empresa de Leiria, liderada pela família Gaspar, tinha apresentado uma proposta inicial de 340 milhões de euros à concorrente de Navarra. O aumento de 12% na oferta põe-na à frente da ucraniana MHP.
O grupo Lusiaves, um dos maiores produtores avícolas portugueses, pretende a fazer frente aos ucranianos da MHP na corrida à empresa de frangos espanhola Uvesa e aumentou a proposta de aquisição para os 380 milhões de euros, avança esta quarta-feira o jornal Expansión.
A empresa de Leiria, que pertence à família Gaspar, tinha apresentado uma proposta inicial de 340 milhões de euros à concorrente de Navarra, que está em processo de venda e tem mais interessados. O aumento de quase 12% desafia a MHP, que em dezembro sugeriu pagar 200 milhões de euros e acabou por, mais tarde, também aumentar a oferta para os 360 milhões.
A Lusiaves propõe o pagamento inicial de 198 euros por ação da Uvesa, valor que poderá ser aumentar para os 21,43 euros. O ECO contactou a empresa portuguesa, mas até ao momento não foi possível obter comentários.
O negócio ainda está na ‘grelha’, até porque há diferenças entre as duas maiores propostas: a Lusiaves diz que não vai fazer due diligence nem precisa de aprovações regulatórias, portanto pode assinar a transação durante o verão; a MHP já recebeu ‘luz verde’ do Governo espanhol para o mecanismo de controlo do investimento estrangeiro. Atrás fica a proposta mais baixa, da El Pozo (grupo Fuertes), no valor de 312 milhões de euros.
Fundado em 1986 pelo empresário Avelino Gaspar, o grupo Lusiaves tem sede em Leiria e é um dos gigantes das carnes brancas em Portugal, especialmente de frango. A holding conta com várias outras empresas, como a Meigal Alimentação, Triperu, Perugal, Lusifrota ou Campo Aberto.
JÁ a Uvesa está na indústria alimentar há mais de 60 anos, sobretudo no segmento das aves e dos suínos, emprega cerca de duas mil pessoas e apresentou um volume de negócios de 600 milhões de euros e lucros de 27 milhões de euros em 2023. A sede é em Tudela (Navarra), mas tem unidades também em Burgos.
No final de janeiro, o jornal El Economista tinha noticiado que o também português grupo Valouro – liderado pelos gémeos José e António Santos e composto por 39 empresas onde trabalham mais de 2.100 colaboradores – também estaria a estudar apresentar uma proposta. A dona da Avibom fatura mais de 360 milhões de euros por ano.
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