Governo antecipa meta de 2% do PIB em Defesa com “amplo consenso político”

Objetivo era chegar a 2029 com esse nível investimento, mas Luís Montenegro anunciou que vai acelerar o passo num "consenso político amplo e responsável", mas não se compromete com prazos.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou que o Governo vai “antecipar a meta de 2% do PIB de investimento em Defesa que estava previsto até 2029″, através de um “amplo consenso político”, e “sem por em causa o Estado social e a estabilidade das contas públicas”, afirmou esta quinta-feira, durante o briefing do Conselho de Ministros. No entanto, o Executivo não se comprometeu com prazos.

Para isso, foi criada uma comissão constituída pelos “ministros dos Negócios Estrangeiros, das Finanças, da Coesão, da Defesa e da Economia” que vai “trabalhar numa estratégia integrada que implica um consenso político nacional que seja amplo e responsável”, indicou.

Montenegro já tinha adiantado que esta matéria seria sempre consensualizada com o PS, designadamente se tiver de recorrer à linha de crédito de Bruxelas ou se optar por acionar a cláusula de escape que permite suspender as regras de disciplina orçamental. E o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, também já revelara há uma semana que a meta de 2% do PIB de investimento em Defesa seria antecipada em diálogo com os partidos da oposição.

“Pela primeira vez temos um grupo de trabalho, em que asseguramos que muito do investimento que vai ser feito na Europa vai ser integrado no valor acrescentado pela economia portuguesa. Estamos a capacitar empresas, identificar vários segmentos, linhas de apoio e mapear o procurement. A economia portuguesa transformará despesa em investimento”, afirmou o ministro da Economia, Pedro Reis. Mas não respondeu à questão para quando a meta de 2% do PIB em Defesa será atingida, sendo que o objetivo inicial era 2029 e o primeiro-ministro indicou que seria antecipada.

Sem se comprometer com prazos, o chefe do Executivo afirmou apenas que o objetivo é contribuir “para o dinamismo da indústria nacional, potenciando a capacidade exportadora”, “investir em “drones de última geração” e nos setores aeronáutico e marítimo. Luís Montenegro defende ainda que o investimento em Defesa deve ser direcionado para “construir mais e melhores empregos”.

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