Apagão. Espanhola Vidrala com duas fábricas em Portugal vai contestar perdas “milionárias” em tribunal

Empresa que produz embalagens de vidro e tem fábricas na Marinha Grande diz que vai avançar com uma ação judicial devido aos prejuízos causados pela paralisação na Península Ibérica.

A fabricante de embalagens de vidro espanhola Vidrala, que tem duas fábricas na Marinha Grande, calcula que o apagão de segunda-feira, 28 de abril, na Península Ibérica tenha causado “prejuízos milionários” ao grupo industrial e adianta que vai avançar com uma ação em tribunal para reclamar as perdas que sofreu.

Com cinco fábricas na Península Ibérica, duas das quais na Marinha Grande – a Santos Barosa e a Gallo Vidro –, que são responsáveis por metade das vendas consolidadas, o grupo vidreiro adianta que ficou sem eletricidade por 14 horas, impedindo os fornos elétricos da empresa, que funcionam a gás natural, de arrancarem. Uma paralisação que, segundo o presidente do grupo, Carlos Delclaux, “é claro” que irá originar uma ação legal, diz citado pelo Cínco Días.

O responsável não detalhou quem vai processar, nem o valor que irá reclamar, deixando essa decisão para os seus assessores legais, num momento em que a empresa ainda está a avaliar os prejuízos totais causados pelo “apagão”. Em tom irritado, Carlos Delclaux disse ainda que o apagão é “muito grave e colocava em risco as pessoas”, que trabalham em fábricas com fornos com temperaturas de 1.500 graus.

“Passámos por momentos terríveis”, em circunstâncias que o grupo nunca havia vivenciado em 60 anos de história, atirou Delclaux.

A quebra na eletricidade às 11h33 desta segunda-feira forçou a indústria a parar a produção e muitas fábricas admitem já atrasos nas entregas. Os empresários queixam-se ainda do impacto na reputação das empresas, que têm que comunicar aos seus clientes que não vão cumprir prazos.

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