Ações da Telefónica sobem mais de 12% após os primeiros 100 dias de Murtra como presidente
As ações da Telefónica subiram mais de 12% desde que Marc Murtra assumiu a presidência em janeiro.
Após cem dias de mandato, com uma agenda intensa para conhecer a empresa em primeira mão, Murtra promoveu uma reflexão estratégica que, embora deva ser anunciada no segundo semestre do ano, já adiantou na Assembleia Geral de Acionistas de 10 de abril que seria ambiciosa e na qual a Europa seria a principal prioridade.
Os primeiros 100 dias de Murtra foram bem recebidos pelos investidores, tendo as ações da Telefónica subido nas últimas semanas num ambiente de mercado volátil devido ao contexto geopolítico internacional. As ações estão atualmente a ser negociadas a cerca de 4,5 euros, contra cerca de 4 euros na sessão anterior à sua nomeação.
Murtra viu também a sua gestão ser apoiada pelos analistas. De acordo com o consenso de mercado divulgado pela Bloomberg, 83% dos analistas que seguem a empresa recomendam a compra ou a manutenção da ação, descrevendo-a como uma ação sólida e estável num ambiente global de incerteza.
Por sua vez, a Morgan Stanley, num relatório recente, destacou a Telefónica como uma das ações europeias mais bem posicionadas no atual contexto de mercado, sublinhando o seu baixo risco geopolítico e a sua capacidade de gerar valor através de possíveis operações empresariais, redução de investimentos e crescimento ligado à inteligência artificial. Destacaram também o elevado rendimento dos dividendos da empresa.
A Telefónica acelerou a sua estratégia de desinvestimento na América Latina com a venda das suas filiais na Argentina, a primeira grande operação sob a liderança de Murtra, na Colômbia e no Peru. Estes movimentos fazem parte da estratégia avançada pelo próprio Marc Murtra de se concentrar em mercados-chave como Espanha, Alemanha e Reino Unido e do seu objetivo de reduzir a exposição na região, um objetivo já expresso pela Telefónica em 2019. Desde então, a empresa reduziu o capital investido na região em 44%.
No entanto, Murtra defendeu nestes primeiros 100 dias que o Brasil continuará a ser um mercado central para a Telefónica e que a empresa manterá a sua liderança no país. A Vivo fechou 2024 com uma quota de mercado móvel de 38,8%, 43,1% em contrato e 17,6% em FTTH.
Para liderar a nova fase que Telefónica enfrenta, na qual, segundo o próprio Murtra, a solidez financeira será uma marca da companhia, o presidente da empresa de telecomunicações promoveu uma profunda transformação da Comissão Executiva.
Emilio Gayo, com uma extensa trajetória na empresa e um perfeito conhecimento do negócio das telecomunicações, é o novo CEO; Borja Ochoa é o novo Presidente Executivo da Telefónica España; Sofía Collado é a nova CEO da Telefónica Tech; Sebas Muriel é o novo Diretor de Digital da Telefónica e Álvaro Echevarría é o novo Diretor do Gabinete do Presidente.
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