Incerteza nos EUA é “oportunidade única” para mercados de capitais na Europa
A guerra comercial iniciada pelas tarifas impostas por Donald Trump veio agitar os mercados, mas Miguel Azevedo, do Citigroup, garante que o otimismo está de regresso.
As tarifas anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, levaram os mercados financeiros a reagirem de forma expressiva. Apesar de ainda haver “muita volatilidade”, Miguel Azevedo, Vice Chair Investment Banking Middle East & Africa, no Citigroup Inc, acredita que o otimismo está a regressar ao mercado, abrindo-se agora uma oportunidade para a Europa ganhar peso ao ser uma alternativa para o investimento.
“Foi um choque brutal, com os mercados a sobre-reagirem de imediato” à guerra comercial, afirmou Miguel Azevedo durante a conferência Banking on Change, organizada em Lisboa pelo ECO com a KPMG e a PLMJ.
“O que aconteceu foi um rombo muito grande na confiança que havia no modus operandi do mercado americano” e isso “viu-se no mercado de obrigações” e na queda do dólar.
Ainda assim, realça, a reação do mercado foi igualmente significativa quando Donald Trump anunciou uma pausa de 90 dias nas tarifas. “Foi o maior salto no mercado americano desde a crise financeira”, referiu o responsável, realçando que “estamos num momento de ainda elevada volatilidade, mas já com o eterno otimismo dos mercados a começar a entrar”.
Esta incerteza vinda dos EUA acaba por ser “positiva”, nomeadamente para a Europa, uma vez que há um “realinhamento do investimento”, que leva os EUA a perderem peso.
“É uma oportunidade única para a Europa em termos de mercados de capitais” ao “voltar a ser uma alternativa”. Neste cenário, “há mais liquidez e confiança na Europa”.
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