AD à frente nas sondagens, mas indecisos chegam aos 20%
Coligação do PSD com o CDS lidera todas as sondagens, mas só uma desfaz cenário de empate técnico com o PS e nenhuma projeta cenário de maioria estável.
A pouco mais de uma semana das legislativas de 18 de maio, as mais recentes sondagens às intenções de voto dos portugueses apontam para uma vitória sem maioria da Aliança Democrática (AD). No entanto, os indecisos estão perto dos 20% e podem fazer a diferença no dia de ir às urnas.
No barómetro da Intercampus para o Jornal de Negócios, o Correio da Manhã e a CMTV, a coligação formada pelo PSD e o CDS ultrapassou o PS e voltou a liderar as intenções de voto, com 27,6% versus 23,1%. Além disso, o empate técnico desfez-se, após vários meses em que qualquer uma das duas maiores forças políticas poderia teoricamente ganhar as eleições, tendo em conta a margem de erro da amostra de 3,1 pontos percentuais quando a distância entre ambas é de 4,5 pontos.
Quanto aos restantes partidos, os resultados desta sondagem mostram o Chega a manter-se como a terceira força política, recolhendo 16,7% das intenções de voto e subindo 2,2 pontos percentuais face a abril (14,5%), e a Iniciativa Liberal a somar 0,1 pontos, para os 5,8%. À esquerda, o BE recupera o quinto lugar nas intenções de voto, com 3,2%, ultrapassando o Livre (3%) e a CDU (2,9%). O PAN surge com 1,8% das intenções de voto.
Outro dado a destacar na sondagem da Intercampus, cujo trabalho de campo decorreu entre 24 de abril e 5 de maio (ou seja, já com todos os debates realizados, o último dos quais nas rádios, no derradeiro dia de recolha da informação), é a subida significativa da intenção de votar branco ou nulo, uma parcela de 8,6%, o que pode fazer subir os valores de todos os partidos na eleição. Porém, os indecisos ainda rondam os 20%.
Já a sondagem do ISCTE/ICS para o Expresso e a SIC mostra a Aliança Democrática, o PS e o Chega a caírem ligeiramente, com 12% de indecisos nas intenções de voto para as eleições de 18 de maio. A análise destes resultados realizada pelo semanário aponta para a falta de soluções de maioria para a formação de Governo.
Neste inquérito, composto por uma amostra de mil eleitores e com trabalho de campo realizado entre 25 de abril e 5 de maio, a coligação dos social-democratas e dos centristas sofre uma ligeira descida de dois pontos percentuais, de 25% para 23%, nas intenções de voto direto (isto é, sem a habitual distribuição de indecisos), enquanto os socialistas PS caem três pontos percentuais no voto direto, de 23% para 20%, e o Chega recua dois pontos, passando de 16% para 14%.
Em sentido inverso, a Iniciativa Liberal sobe dois pontos, ficando com 4% de intenção de voto. À esquerda, a CDU e o Livre sobem um ponto percentual cada um – para 3% e 2%, respetivamente. O Bloco de Esquerda mantém-se com 2%, e o PAN com 1%.
Por fim, a sondagem diária que tem sido realizada pela Pitagórica para o Jornal de Notícias, a TSF, a TVI e a CNN Portugal mostra a coligação liderada por Luís Montenegro com 34,2% das intenções de voto, alargando a vantagem sobre o partido de Pedro Nuno Santos, que reúne 26,3% das intenções de voto, para os oito pontos percentuais.
Mas, além dos socialistas, há mais dois partidos em queda quando se compara o sétimo dia da sondagem com o primeiro dia, nomeadamente o Chega e a Iniciativa Liberal, com 16% e 6,3%, respetivamente.
Cenário inverso é realizado pelo Bloco de Esquerda e o Livre, que são os partidos que mais cresceram nos sete dias, para 2,8% e 4%, na mesma ordem. A CDU (3,1%) destaca-se pela estabilidade e o PAN (0,7%) pela ameaça persistente de perder a deputada única e ficar sem representação parlamentar. O número de indecisos, por seu lado, é de 17,3%.
Também nesta projeção fica evidente que não há sinais de maioria estável, já que mesmo que a AD e os liberais se juntem numa coligação pós-eleitoral, as duas forças políticas somam pouco mais de 40 pontos percentuais, o que é insuficiente para uma maioria de deputados na Assembleia da República.
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