Rui Rocha considera que Lisnave é um “bom exemplo”

  • Lusa
  • 15:06

Rui Rocha considerou que a Lisnave é um “bom exemplo de como uma atividade que estava com franca dificuldade, numa crise profunda”, melhorou desde que foi concessionada a privados.

O líder da IL considerou esta terça-feira que a Lisnave e os estaleiros navais de Viana do Castelo são um “bom exemplo” de como a “gestão privada pode trazer mais-valia”, afirmando que deu rentabilidade a negócios em “franca dificuldade”.

Rui Rocha visitou esta manhã os estaleiros navais da Lisnave, em Setúbal, que, em 2000, foram vendidos simbolicamente por um dólar a dois engenheiros, após um ciclo de prejuízos. Atualmente, a Lisnave é 97% privada, tem uma concessão do Estado, emprega perto de 500 trabalhadores dos quadros – mais cerca de 1.500 subcontratados – e repara entre 80 a 100 navios por ano, com uma faturação entre os 120 e os 150 milhões.

Em declarações aos jornalistas junto a um barco em reparação, numa das docas secas destinadas à reparação dos maiores navios do mundo, Rui Rocha considerou que a Lisnave é um “bom exemplo de como uma atividade que estava com franca dificuldade, numa crise profunda”, melhorou desde que foi concessionada a privados.

“É uma atividade praticamente privada, com uma pequena participação do Estado e conseguiu catapultar esta reparação e recuperação de navios para patamares de excelência internacional. É um bom exemplo de como é possível mudarmos o país, trazermos negócio rentável para o país com uma gestão focada nos seus objetivos”, disse.

Rui Rocha considerou que, no setor da reparação naval, a atividade tem “corrido bem em todo o país quando houve privatização ou concessão do serviço”, dando igualmente o exemplo dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo. “É um bom exemplo de como a gestão privada pode trazer mais-valia ao país”, reforçou, frisando que os terrenos da Lisnave são do Estado e, devido à concessão a privados, estão a ser valorizados.

“A atividade da Lisnave está a valorizar este património que é do Estado. É uma concessão, um dia deixará de ter esta operação, mas o património está cá e fica valorizado, ao mesmo tempo construindo receitas e rentabilidade para a região e para o país”, referiu. Numa visita em que, nos estaleiros, vários trabalhadores imigrantes andavam de bicicleta para se deslocarem de um local para o outro, Rui Rocha foi questionado sobre a dificuldade em conseguir atrair mão-de-obra para setores como o da reparação naval.

O líder da IL disse que, no caso da Lisnave, se trata de “mão-de-obra muito qualificada” e, por isso, “é evidente que é difícil muitas vezes fazer esse recrutamento”.

“Isso leva-nos à questão da imigração, por exemplo, e nós temos uma visão muito clara sobre a imigração: tem de haver uma ligação direta entre as necessidades da economia e a imigração para que tenhamos uma imigração regrada e uma imigração com dignidade”, disse. O líder da IL disse que a Lisnave é um exemplo de “como a imigração é muito importante para a economia”, mas ressalvou que tem de ser feita “com regras”.

“E, portanto, a formulação que nós fazemos é: quem tem trabalho, entra. Quem cumpre a lei, fica. Isso gera oportunidades para quem nos procura com dignidade e gera oportunidades para a economia portuguesa, para o seu crescimento”, referiu. Durante a visita, Rui Rocha avistou ao longe um navio em reparação que, na proa, tinha a palavra prosperity escrita. Apontando para o navio, o líder da IL disse: “É o nosso caminho”.

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