Geoalcali nomeia Carles Alemán como novo diretor executivo para liderar o esforço final para a Mina Muga
Trata-se de um momento-chave para a empresa no seu objetivo de lançar uma iniciativa que considera ser “um dos grandes motores industriais do norte de Espanha e o principal projeto extrativo do país”.
Geoalcali, a filial espanhola da australiana Highfield Resources, nomeou Carles Alemán como seu novo CEO para reativar o arranque do projeto da Mina de Muga.
Com um investimento acumulado que já ultrapassa os 150 milhões de euros e uma previsão total de cerca de 700 milhões, a Mina Muga representa “uma oportunidade estratégica não só para Navarra e Aragão, mas também para a economia espanhola e europeia”.
Segundo um comunicado, a recente entrada da Qinghai Salt Lake Industry, filial do gigante China Minmetals, com uma intenção de investimento de 300 milhões de dólares no desenvolvimento do projeto, confirma a “atratividade internacional” de uma infraestrutura extrativa que poderia produzir até um milhão de toneladas de potássio por ano.
A empresa afirmou que a nomeação de Alemán marca “um ponto de viragem”, uma vez que possui mais de 30 anos de experiência em liderança industrial em empresas como a BASF, a CIBA-GEIGY e a ICL Iberia. Assume agora o desafio de transformar o potencial da Mina Muga numa realidade tangível.
Além disso, a reconfiguração da equipa fica completa com Olivier Vadillo, até agora responsável pelas relações com os investidores, que passa a liderar a estratégia empresarial e o desenvolvimento do negócio.
“É um desafio empolgante que resulta de uma visão partilhada que admiro profundamente e que estou convencido de que tem um enorme potencial para ter um impacto real”, afirmou Alemán após a sua nomeação. O novo CEO elogiou a força do projeto e a equipa que o apoia, destacando o papel da Highfield e dos investidores na criação das condições necessárias para avançar.
PROJETO CONTRA O DESPOVOAMENTO
Mina Muga não é apenas um investimento industrial, mas também um projeto sustentável com uma clara vocação social. Situada entre Sangüesa e Javier (Navarra) e Undués de Lerda (Aragão), a mina contribuirá para o enraizamento da população nas zonas rurais, gerando mais de 800 empregos diretos e milhares de empregos indiretos.
No atual contexto de despovoamento, a sua capacidade para atrair talento, gerar serviços auxiliares e consolidar a indústria é “inquestionável”, como sublinha a empresa.
Além disso, a sua produção de potássio – um nutriente essencial para a agricultura – reforçará a autonomia estratégica da Europa num contexto de tensões geopolíticas e de aumento dos preços das matérias-primas. Devido à sua natureza não localizável, estando diretamente ligada à geologia do ambiente, Mina Muga será uma garantia de estabilidade a longo prazo.
A ativação definitiva da Mina Muga pretende também ser “um exemplo de colaboração público-privada e de utilização inteligente dos recursos naturais”. A missão da nova equipa de gestão é desbloquear os últimos passos e tornar realidade um projeto que já conta com os apoios financeiros, técnicos e humanos necessários.
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