Chega vai “apresentar um Governo alternativo”, anuncia Ventura

O líder do partido afirmou ainda que será um "farol de estabilidade, mas não a qualquer custo," e que não deixará "o país cair numa nova crise", sem revelar, porém, se viabiliza o Executivo da AD.

Se tudo se confirmar, O Chega será o partido líder de oposição e apresentaremos um Governo alternativo”, anunciou André Ventura, esta terça-feira, no final da reunião em Belém, convocada pelo Presidente da República para perceber que condições de governabilidade têm o Executivo de Luís Montenegro. E afirmou estar “confiante que será o segundo partido mais votado” depois da AD, nos círculos Europa e Fora da Europa. Os números serão revelados a 28 de maio.

Ventura assegurou, por outro lado, que será também um “farol de estabilidade e de mudança” e que não deixará que “o país caia numa nova crise” política, sem indicar, contudo, se viabiliza ou não o Governo da Aliança Democrática (AD) – coligação PSD/CSD.

Mas o líder do partido de extrema-direita deixou bem claro que se os votos da emigração colocarem o Chega como a segunda força, “o xadrez político” vai mudar e “o Chega assumirá o papel de líder da oposição, que deve escrutinar, fiscalizar e apresentar uma alternativa de Governo”.

“Nos últimos meses, o Governo escolheu governar com o PS, aprovou o Orçamento do Estado com o PS, optou, nas grandes bandeiras, por governar com o PS e o que os eleitores disseram, nestas eleições, é que, sim senhor, este é o primeiro-ministro que temos e que conseguiu reforçar a votação, mas o partido que fez oposição e que procurou mudar o país foi premiado e ascendeu à categoria de líder da oposição e que tem de ter um governo pronto para governar a qualquer momento”, defendeu.

No entanto, Ventura salvaguardou que “isso não quer dizer o Chega não compreenda o momento e a fragmentação de poder que existe em Portugal e que não seja um partido responsável nos momentos em que é precisa dar estabilidade ao país”.

“O país não precisa de mais eleições, o país não quer mais eleições, o país precisa de um rumo e uma ordem. Procuraremos ser um farol de estabilidade, mas não a qualquer custo”, alertou. E traçou três linhas vermelhas que poderão determinar a viabilização ou não do Governo de Luís Montenegro.

“A luta contra corrupção é um pilar fundamental da nossa ação política; o combate a um país de portas abertas e a uma imigração descontrolada é um pilar fundamental; e o combate à subsidiodependência que tem destruído grande parte do tecido social, atribuindo subsídios a quem não precisa deles, permitindo que algumas minorias vivam à conta de subsídios e à custa de quem trabalha são linhas que nos separam dos dois partidos principais do sistema português”, destacou.

Ventura indicou que, na próxima semana, e já depois de conhecidos os resultados finais das eleições, vai ter uma “nova conversa” com o Presidente da República, “em nome da estabilidade e governabilidade, mas com a garantia de que o Chega foi eleito para ser líder da oposição e é isso que o Chega fará”.

(Notícia atualizada às 18h57)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Chega vai “apresentar um Governo alternativo”, anuncia Ventura

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião