Exclusivo AD cativou mais 150 mil votos nesta eleições. Cada novo eleitor ‘custou’ 13.800 euros

Medidas implementadas e prometidas pela AD para funcionários públicos, jovens e pensionistas representam um investimento de 13.800 euros por cada novo eleitor conquistado.

Depois de um ano de governação, e de decisões de política discricionárias para pensionistas, carreiras especiais do Estado e jovens, a AD conquistou 1,9 milhões de votos nas eleições antecipadas de 2025, excluindo a emigração. Com políticas fiscais e de despesa pública para além das que resultam da aplicação da lei, capturou mais 149.950 eleitores nas legislativas de domingo. Uma conquista que “custou” cerca de 13.800 euros por voto conquistado face às eleições do ano passado.

A coligação liderada por Luís Montenegro ganhou as eleições de domingo, com 32,1% dos votos, a que se somam mais 0,62% dos três deputados eleitos pela coligação PSD/CDS-PP/PPM nos Açores. Quando ainda falta a contabilização dos votos da emigração, no total, a AD garantiu a validação de 1.951.977 eleitores. Foram quase mais 150 mil do que nas últimas legislativas (para efeitos de comparação excluíram-se os votos dos consulados portugueses no ano passado, por os deste ano ainda estarem a ser apurados).

Ao longo do último ano, o Governo de Luís Montenegro negociou e chegou a acordos para valorizações de carreiras do Estado, apostou em medidas para os jovens em sede de IRS e atribuiu um ‘bónus’ aos pensionistas. Medidas de política com um impacto de 655 milhões de euros do lado da despesa (revisão das carreiras especiais, passe ferroviário verde, suplemento extraordinário aos pensionistas e o reforço de complemento solidário para idosos) e de 62 milhões de euros do lado da receita (isenção de IMT e de Imposto de Selo), de acordo com a Conta Geral do Estado de 2024. Ou seja, com um impacto orçamental de 717 milhões de euros.

Se a este valor se somar o impacto das medidas previstas para este ano, como o alargamento do IRS Jovem em vigor desde janeiro (com um impacto de 525 milhões de euros na receita), a isenção do IMT e Imposto de Selo (-60 milhões de euros na receita), o reforço do Complemento Solidário para Idosos (-120 milhões de euros) e os acordos com as carreiras especiais, no total, o impacto orçamental das medidas de política para funcionários públicos, jovens e pensionistas, em 2024 e 2025, ascende a 1.945 milhões de euros.

Este valor integra o custo estimado, no Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), com a recuperação integral do tempo de serviços dos professores custa 177 milhões de euros, a revisão do suplemento de missão das Forças de Segurança 125 milhões de euros, a revisão do suplemento de recuperação processual dos funcionários judiciais quatro milhões de euros, a revisão do suplemento de missão dos guardas prisionais 18 milhões de euros, o acordo com as Forças Armadas 83 milhões de euros e a revisão do regime da carreira de enfermagem 116 milhões de euros.

Se o olhar do universo empresarial, no qual novos clientes são atraídos com benefícios, se aplicar à política cada novo voto na AD foi conquistado com um custo orçamental de 13.800 euros por pessoa, ou 999 euros se considerado o universo total de eleitores que votaram na coligação PSD/CDS-PP.

A Conta Geral do Estado de 2024 revela que o conjunto de medidas de política orçamental de caráter permanente já implementadas e outras medidas de política, incluindo as previstas no Orçamento do Estado de 2024 aprovado pelo governo do PS de António Costa e as viabilizadas pela oposição à revelia do Governo de Montenegro no Parlamento, teve um impacto negativo no saldo orçamental de 8.564 milhões de euros, o que corresponde a -3% do PIB. O valor representa um impacto negativo adicional de 1.698 milhões de euros face ao previsto no Orçamento do Estado para 2024.

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Dos 89 deputados eleitos pela AD, 87 são do PSD e dois do CDS-PP. Quando falta atribuir os quatro mandatos dos círculos da emigração, o PS é o segundo partido mais votado, com 23,38% dos votos, com 58 deputados, os mesmos que o Chega, que tem menor votação, 22,56%. Segue-se a IL, em quarto lugar, com 5,53% dos votos e nove deputados, e o Livre, com 4,2% e seis parlamentares. A CDU, com 3,03% dos votos elegeu três deputados, enquanto o BE com 2% e o PAN com 1,36% elegeram uma deputada cada. O JPP, da Madeira, entrou no parlamento com 0,34% dos votos em termos nacionais e um parlamentar.

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