Duas ideias para resistir à onda de calor do fim de semana
Na região da Marinha Grande existem duas zonas balneares que fazem as delícias de quem por estes dias procura ir a banhos. Fomos conhecer Vieira de Leiria e São Pedro de Moel, dentro e fora do areal.
Para chegar a Vieira de Leiria — o primeiro destino nesta viagem pelo Centro Litoral — apanhe a A8 até à Marinha Grande. Aí, basta seguir as indicações para encontrar esta terra piscatória cuja história data do século XVI.
A estrada da Marinha Grande até Vieira introduz os visitantes num bonito percurso ladeado por pinheiros. Está em território de Matas Nacionais e, de vez em vez, avistam-se setas que convidam os condutores a mudar de direção e irem desfrutar de belos momentos num dos pinhais mais conhecidos do país. Resista a essa vontade, pelo menos para já, e siga caminho até entrar em Vieira.
A pequena localidade ganha vida no verão. Porta sim, porta não, há lojas que vendem objetos para a praia, numa terra onde o comércio local quase se resume a isso e a umas quantas pastelarias e restaurantes na frente de mar, com pequenas tabuletas no passeio anunciando que ali há peixe fresco.
Terra de pescadores, Vieira de Leiria homenageia aos homens deste mar que é revolto e faz com que a bandeira da praia oscile entre o vermelho-amarelo-vermelho.
Entre a poesia e o mar
Para ir de Vieira de Leiria a São Pedro de Moel, volte a entrar numa longa estrada reta — a Estrada Atlântica — que percorre o litoral e termina quando se avista o Farol do Penedo da Saudade.
Olhando as escarpas rochosas onde este foi posicionado, compreende-se a importância daquela torre de 32 metros que entrou em funcionamento em 1912.
São Pedro de Moel é uma pequena vila que vive dos meses de maior calor, altura em que as casas, caracterizadas pelas suas portadas e varandas em madeira, ganham nova vida.
Os dias aqui passam-se entre a praia, com as suas escarpas e rochas, sobre as quais a vila ocupou lugar, e passeios pelas ruas estreitas e a Praça Afonso Lopes Vieira.
O poeta português que deu nome a este largo ganhou papel de relevo na localidade. Afonso Lopes Vieira fez da sua casa em São Pedro de Moel o lugar favorito. Evidenciando-se em frente ao mar, por vontade do escritor e da sua mulher, D. Helena de Aboim Lopes Vieira, foi ali instalada uma colónia de férias para os filhos dos operários vidreiros e trabalhadores das Matas Nacionais. Papel que ainda hoje desempenha.
Já a casa principal e a capela permanecem na mesma, podendo a Casa-Museu Afonso Lopes Vieira ser hoje visitada por quem ali passa: desde a secretária onde o poeta criava ou a pequena marquise com o som do mar a invadir o espaço.
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