Projeções dão maioria absoluta a Medina

O PS foi reeleito em Lisboa e deverá garantir a maioria absoluta. Cristas surge em segundo, PSD e CDU estão empatados e o Bloco deverá conseguir eleger um a dois vereadores.

A sede de campanha do PS, em Lisboa.Paula Nunes / ECO

Fernando Medina vai continuar à frente da Câmara Municipal de Lisboa, confirmando os resultados de todas as sondagens que foram feitas durante o período de campanha, que davam a vitória ao atual presidente e apontavam mesmo para uma maioria absoluta. Lisboa contou com 12 candidaturas e, segundo as projeções iniciais da RTP, Medina deverá vencer com 43% a 47% dos votos.

Em segundo lugar, deverá ficar Assunção Cristas, pelo CDS-PP, com 18% a 21% dos votos. Em terceiro, Teresa Leal Coelho, com 9% a 11%. Segue-se João Ferreira, pela CDU, também com 9% a 11%, e Ricardo Robles, do Bloco de Esquerda, com 7% a 9% dos votos.

A confirmarem-se, estes resultados deverão garantir a maioria absoluta a Fernando Medina. O executivo da Câmara de Lisboa conta com um total 17 vereadores. O PS deverá eleger 8 a 10 vereadores, o CDS-PP 3 a 4 vereadores, o PSD conseguirá dois vereadores, tal como a CDU. Já o Bloco de Esquerda deverá conseguir ter representação na Câmara de Lisboa, elegendo um a dois vereadores.

Numa primeira reação, na sede de campanha do PS, no Hotel Altis, Duarte Cordeiro falou em “resultados históricos” e sublinhou que foi a quarta vez consecutiva que o PS venceu a Câmara de Lisboa. Já José Eduardo Martins, candidato à Assembleia Municipal pelo PSD, reconheceu que, a confirmar-se, este será um “resultado muito negativo” para o partido, acrescentando que Teresa Leal Coelho “assumirá as responsabilidades” desta derrota. “Todos os dias saímos em campanha procurando um resultado diferente”, sublinhou.

Na sede de campanha do Bloco de Esquerda, no Palácio das Galveias, em Lisboa, Mariana Mortágua salientou o “reforço substantivo da posição autárquica do Bloco de Esquerda” e disse aguardar “com expectativa” os resultados finais. Do lado do CDS-PP, o deputado Telmo Correia salientou que, “com grande probabilidade”, o CDS-PP deverá estar perante “um momento histórico” em Lisboa.

Depois das obras, a habitação

Licenciado em Economia e antigo secretário de Estado do Emprego e da Formação Profissional no Governo de José Sócrates, Fernando Medina sucedeu a António Costa como presidente da Câmara de Lisboa em abril de 2015, quando o atual primeiro-ministro deixou a Câmara para se concentrar na liderança do PS e disputar as eleições legislativas desse ano. Em junho de 2015, Fernando Medina apresentou a candidatura à Câmara Municipal de Lisboa, contando com o apoio do Livre e de movimentos independentes.

O último mandato ficou marcado pelas obras profundas em várias zonas da capital, mas também por várias polémicas, como o concurso para obras na Segunda Circular, que acabou por ser cancelado por suspeitas de conflito de interesses de um dos consultores do projeto. No próximo mandato, Fernando Medina aponta para o mercado da habitação como a grande prioridade. Um programa de rendas acessíveis é uma das principais bandeiras do presidente da Câmara de Lisboa.

Notícia atualizada às 20h22 com mais informação.

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