China lidera fusões e aquisições em Portugal, mas França fez o maior negócio
Nos primeiros três meses de 2018, a China foi responsável por quase metade das fusões e aquisições registadas em Portugal. Contudo, a transação do trimestre foi feita pela francesa Immochan.
A China foi o investidor estrangeiro que mais engordou as fusões e aquisições em Portugal nos primeiros três meses de 2018 — foi responsável por quase metade do montante total. Contudo, o negócio do trimestre partiu de França, com a aquisição de três centros comerciais por parte da Immochan, aponta o relatório da Transational Track Record.
A segunda maior economia do mundo, liderada por Xi Jinping, gastou 1,5 mil milhões em Portugal ao longo dos primeiros três meses de 2017. Período em que o volume de transações se reduziu 43,4% em termos homólogos, ficando-se pelos 3,1 mil milhões de euros.
A pesar negativamente no balanço das transações esteve o segmento do imobiliário, que caiu cerca de 32%, nota o relatório. Isto não impediu a Immochan, braço imobiliário do grupo francês Auchan, de arrecadar a medalha de “transação do trimestre“. O título foi concedido dada a compra dos centros comerciais Forum Montijo, Forum Sintra e Sintra Retail Park, nos quais a Immochan apostou 450 milhões de euros.
Nos primeiros três meses foram ainda anunciadas, apesar de não se encontrarem concluídas, duas compras de montantes superiores. A compra da Imagina Media Audiovisual, Wisdom Tele Vision pela Orient Hontai Capital pode render às empresas Torreal, Televisa, Mediavideo, WPP Group um pouco mais de mil milhões. Em segundo no ranking vem a venda da Partex Oil and Gas, que valerá à Fundação Gulbenkian 500 milhões de euros.
O negócio dos centros comerciais também valeu a atenção de Espanha. Dos 156 milhões de euros que o país vizinho trouxe para Portugal, 86 milhões foram utilizados pela empresa Ores Socimi para a aquisição de seis ativos comerciais. Espanha mantém-se líder no número de transações em Portugal, somando dez desde o arranque do ano.
Em destaque está também a tecnologia, cujas doze operações levam o setor a disparar 33% no volume de transações do primeiro trimestre. Em conjunto com o subsetor Internet, o crescimento ascende aos 133%. Estes foram os “alvos preferidos” dos fundos de venture capital, aponta o relatório, com seis aquisições ao nível da Tecnologia e duas no segmento Internet.
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