Gasolina e gasóleo sobem pela 10.ª semana consecutiva. Vai pagar mais um cêntimo por cada litro
É mais um aumento, neste caso o 10.º consecutivo. Os preços dos combustíveis vão ficar mais caros na próxima semana, renovando máximos de 2014.
Os combustíveis não param de aumentar. Com os preços do petróleo em alta, a fatura dos portugueses com a gasolina e o gasóleo vai agravar-se ainda mais na próxima semana. Será a 10.ª subida consecutiva dos preços nos postos de abastecimento nacionais, atirando os valores de venda para novos máximos de 2014.
De acordo com fonte do setor, tanto a gasolina como o gasóleo simples vão registar aumentos na ordem de um cêntimo por litro, depois da forte subida na última revisão. Mantém-se a tendência de subida dos preços das últimas semanas numa altura em que o preço do barril de petróleo está a negociar perto dos 80 dólares, reflexo da quebra de produção da Venezuela mas também das sanções dos EUA ao Irão.
Com este novo aumento, o preço médio de venda do gasóleo, o combustível mais utilizado em Portugal, deverá passar dos atuais 1,36 euros, segundo a Direção Geral de Energia e Geologia, para 1,37 euros por litro. Nos postos de abastecimento das gasolineiras de referência, deverá ficar perto dos 1,47 euros, um máximo de 2014.
Também a gasolina simples de 95 octanas vai renovar máximos, podendo chegar aos 1,68 euros nos postos de referência. Em termos de valores médios de venda, o litro deste combustível deverá passar dos atuais 1,578 para 1,588 euros.
São novas subidas num país em que os preços dos combustíveis são já dos mais elevados da Europa. A gasolina em Portugal é a 5.ª mais cara entre os 28 da União Europeia, estando o gasóleo na 10.ª posição.
A explicação para estes valores está, essencialmente, na fiscalidade que recai sobre estes produtos. Os impostos são responsáveis por mais de metade do valor cobrado por cada litro, sendo o principal o Imposto Sobre produtos Petrolíferos (ISP).
"Faz sentido olhar para a despesa, para a receita, e pensar se eu reduzir a taxa de ISP, algum imposto vai ter de ser alterado ou algum tipo de despesa vai ser alterada, ou então temos um aumento do défice.”
PSD e CDS-PP culparam esta quinta-feira o Governo e os seus parceiros parlamentares pelo “pesadelo” do “saque” aos portugueses nos combustíveis, acusando o Executivo de falhar a “palavra dada” e recolher mais de mil milhões de euros em “austeridade encapotada”. O CDS, criticando o peso do ISP no custo dos combustíveis, anunciou que vai propor a sua redução.
Em resposta, o secretário de Estado Adjunto e das Finanças defendeu que “qualquer alteração desse imposto tem de ser pensada num quadro mais geral de alteração dos impostos”.
“Faz sentido olhar para a despesa, para a receita, e pensar se eu reduzir a taxa de ISP, algum imposto vai ter de ser alterado ou algum tipo de despesa vai ser alterada, ou então temos um aumento do défice. Aquilo que temos é um nível de tributação dos combustíveis que nos parece adequado àquilo que é o nível de tributação dos combustíveis de outros países da Europa”, contrapôs Mourinho Félix.
(Notícia atualizada às 11h14 com mais informação)
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