Os Novos Desafios da Transformação Digital
A IDC acredita que até 2022, cerca de 80 por cento do crescimento (novos negócios) das receitas das empresas a nível mundial vai depender de ofertas e operações suportadas no digital.
A economia global está a atravessar um período de forte mudança, impulsionada pelas tecnologias da 3ª Plataforma Tecnológica (cloud, mobilidade, social e big data) e Aceleradores de Inovação (Internet das Coisas, Robótica, Impressão 3D, Inteligência Artificial, BlockChain, entre outras) que estão na base da transformação digital. Neste contexto a transformação das organizações nacionais constitui uma realidade incontornável, na qual é essencial compreender como e de que forma estas tecnologias e aceleradores de inovação podem aumentar a competitividade das organizações nacionais num mercado cada vez mais global e competitivo. O processo de transformação digital em curso, e que irá acelerar nos próximos anos, será impulsionado por novas ofertas digitais, pela digitalização das operações e das cadeias de valor, assim como pelos canais e respetivos processos de relacionamento com clientes. A magnitude desta mudança pode ser mais facilmente apreendida através de um dado revelador – até 2021, é expectável que pelo menos 30% da economia nacional já esteja digitalizada.
Para as organizações privadas e públicas, repensar de forma transversal todo o seu negócio constitui um desafio complexo. Apesar de muitas organizações a nível nacional já estarem a levar a cabo projetos de transformação digital, estes são habitualmente processos isolados, e não integrados num modelo que abranja toda a operação da organização. O estudo anual de benchmak elaborado pela IDC sobre o tema transformação digital ilustra isso mesmo, com apenas 19% das organizações nacionais inquiridas a estarem numa fase de transformação digital próxima da plenitude, versus 34% para as suas congéneres norte-americanas. Por outro lado, 57% das organizações nacionais estão a levar a cabo projetos de transformação digital com diferentes níveis de complexidade e abrangência.
Estes dados ilustram o facto de que grande parte das médias e grandes organizações de todo o mundo ainda não conseguiram atingir os patamares mais altos de transformação, os de “Digital Transformer” e “Digital Disrupter”, ou seja, não estão conseguir criar experiências, produtos e serviços realmente diferenciadores através do digital. No caso específico das organizações portuguesas, estas têm vindo a melhorar, mas a nível mais lento, o que leva a um crescimento da divergência face às congéneres internacionais e, consequentemente, leva a que globalmente, as empresas nacionais estejam a afastar-se do primeiro escalão das economias mais competitivas neste domínio. O que coloca em risco o seu futuro, e o da economia nacional!
Como referência, a IDC acredita que até 2022, cerca de 80 por cento do crescimento (novos negócios) das receitas das empresas a nível mundial vai depender de ofertas e operações suportadas no digital. Mas, para conseguir estar na linha da frente desta mudança, é essencial ultrapassar os obstáculos criados por velhos KPIs que não traduzem a realidade da operação da empresa, derrubar silos organizacionais, desenvolver competências e conhecimentos específicos e contornar os desafios associados à transformação digital.
Integrar o digital de forma transversal no negócio implica trabalhar cinco áreas fundamentais. Em primeiro lugar, estabelecer um Modelo Organizacional de transformação digital, seguido da definição do quadro de desempenho nesta área, incluindo os novos KPIs associados. Para definir os diferentes passos nesta transição, torna-se necessário criar um roadmap de transformação digital a médio e longo prazo que permita definir metas intermédias e ir monitorizando e afinando ao longo do tempo. Para assegurar a execução, é essencial o desenvolvimento das competências digitais da equipa e, por último, definir e construir uma plataforma digital para a organização. Estes e outros temas estarão em Outubro em foco na edição de 2018 do IDC Directions, o principal evento anual para gestores dedicado à divulgação das mais recentes tecnologias e de como estas estão a transformar organizações e economias. Uma oportunidade única para assegurar a presença na primeira divisão da transformação digital.
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