Parpública aumenta lucros e prepara venda da Margueira
A holding do Estado que tem participações em empresas como a TAP ou a Águas de Portugal registou um lucro de 48,7 milhões de euros no primeiro semestre do ano.
O grupo Parpública registou um lucro consolidado de 48,7 milhões no primeiro semestre, 600% superior aos sete milhões que apresentou no mesmo período do ano passado. O grupo, que concentra as participações do Estado em empresas como TAP, Águas de Portugal, Circuito do Estoril, INCM ou Baía do Tejo, divulgou o relatório e contas consolidadas relativo ao primeiro semestre do ano no sítio na Internet da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
“Qualquer que seja a perspetiva usada para analisar a evolução registada pelo Grupo Parpública no 1º semestre de 2018, a avaliação terá de ser positiva”, assinalam os seus gestores. Por causa do aumento dos lucros, mas também por causa da redução do endividamento em 523,5 milhões, para 4,3 mil milhões de euros.
Para o segundo semestre, dos vários projetos mencionados, avulta a nova missão de promover o desenvolvimento e a gestão das florestas e a preparação da alienação do território da Margueira, concelho de Almada, distrito de Setúbal. Sobre a Margeira, a intenção última é requalificar a antiga área industrial, conhecida como ‘Cidade da Água’, devendo estar entregue a um promotor até ao final do primeiro trimestre de 2019.
A Baía do Tejo é uma empresa pública que tem a responsabilidade de requalificar os territórios das antigas áreas industriais da Quimiparque, no Barreiro, da Siderurgia, no Seixal, e da Margueira, em Almada, em conjunto com as autarquias, conhecido como projeto do Arco Ribeirinho Sul ou ‘Lisbon South Bay’, nome utilizado na promoção internacional.
A ‘Cidade da Água’ tem prevista uma área de construção de 630.000 m2 e, além do parque habitacional, inclui a instalação de um hotel, um museu e um centro de congressos, ligados entre si por praças e canais, dando origem a um conjunto de espaços públicos únicos.
O projeto, que tem dois quilómetros de frente ribeirinha, contempla também uma marina e um novo terminal fluvial intermodal, estando previsto que seja efetuado de forma faseada. A presidente da Câmara Municipal de Almada, Inês de Medeiros, afirmou à Lusa, durante o certame MIPIM, realizado em Cannes, em março, que este território é o centro e a alma de Almada. “A ‘Cidade da Água’ começa em Cacilhas e vai até à frente ribeirinha da Cova da Piedade, na zone nobre da cidade de Almada. Vai ter habitação, escritórios, museu, uma marina e zona para empresas”, explicou.
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