“Há muito que havia um défice no ministro das empresas”, afirma Saraiva
O presidente da CIP não está surpreendido com a remodelação de Caldeira Cabral. "Há muito que havia um défice no ministro das empresas", afirma Saraiva. E pede mais força ao novo ministro Siza Vieira.
O presidente da CIP (Confederação Empresarial de Portugal), António Saraiva, disse não ter ficado surpreendido com a saída de Manuel Caldeira Cabral do Governo, considerando que “há muito tempo que havia um défice no ministro das empresas”. “Não me apanhou de surpresa”, disse, citado pela Agência Lusa, o presidente da CIP, reagindo à remodelação do Governo. O novo ministro da Economia será Pedro Siza Vieira, que já fazia parte do executivo, como ministro Adjunto.
Caldeira Cabral “nunca se conseguiu afirmar politicamente, apesar de ter muitas qualidades e de conhecer bem os dossiês” e “há muito tempo que há um défice no ministro das empresas”, defendeu António Saraiva.
“Esperemos que as coisas possam ser alteradas no tempo que resta desta legislatura” com o novo ministro da Economia, Siza Vieira, sustentou.
Segundo António Saraiva, Pedro Siza Vieira é um “conhecedor dos dossiês e tem muita força política dentro do Governo, sendo próximo do primeiro-ministro”. “Espero que, tendo a relação e força política que faltavam ao anterior ministro, possa imprimir ao Ministério da Economia uma dinâmica que crie condições para que as empresas cresçam”, afirmou o presidente da CIP. “Espero que consiga ter uma voz mais autoritária”, acrescentou o dirigente patronal.
O primeiro-ministro fez este domingo a maior remodelação no Governo, envolvendo quatro ministérios, com a substituição, na Defesa, de Azeredo Lopes por João Gomes Cravinho, e na Economia, de Manuel Caldeira Cabral por Pedro Siza Vieira. O primeiro-ministro propôs ainda as mudanças do ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, substituído por Marta Temido, e do ministro da Cultura, pasta em que Graça Fonseca sucede a Luís Filipe Castro Mendes – nomeações já aceites pelo Presidente da República.
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