Totta aumenta lucros para 385 milhões. Comissões cresceram 11%
O banco liderado por Vieira Monteiro alcançou um resultado líquido de 384,9 milhões de euros, 16% acima do valor registado no período homólogo.
O Santander Totta alcançou um resultado líquido de 384,9 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano. Registou um crescimento de 16% acima do valor registado no período homólogo, evolução que “reflete o impacto da integração do ex-Banco Popular Portugal”. Só no último trimestre ganhou mais 120 milhões.
Os lucros obtidos compara com os 331,9 milhões registados no mesmo período do ano passado, mas também com os 264 milhões contabilizados até ao final do primeiro semestre — que incluiu resultados não recorrentes no montante de 20,1 milhões de euros. Os resultados líquidos aumentar em 53 milhões.
A “margem financeira totalizou 654,8 milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 26,9% face ao período homólogo enquanto as comissões líquidas ascenderam a 277,3 milhões de euros, subindo 11,4% face a setembro de 2017″, nota o banco. “Por seu turno, os resultados em operações financeiras diminuíram 44,3%, atingindo 54,4 milhões de euros”.
Perante esta evolução, o produto bancário cresceu 14,1% para 978,7 milhões. “As receitas subiram 14,1% e os custos operacionais aumentaram 18,6%, o que se traduziu num incremento de 10,3% no resultado de exploração e uma ligeira deterioração no rácio de eficiência”, explica o banco liderado por António Vieira Monteiro. O aumento dos custos é explicado com a integração do Popular Portugal.
Mais crédito, mais depósitos. Menos malparado
“Os primeiros nove meses do ano mostram um crescimento sustentado e rentável da atividade do banco, com os recursos a subirem 22% e o crédito 17%”, diz Vieira Monteiro. Mais uma vez, este aumento traduz a incorporação do Popular Portugal.
Os “depósitos situaram-se em 33,3 mil milhões de euros, o que corresponde a um acréscimo de 21%, em termos anuais. Comparativamente com dezembro de 2017, os depósitos registaram um aumento de cerca de 1,9 mil milhões de euros, ou seja, um acréscimo de 6,0%”, enquanto os recursos fora de balanço “tiveram um incremento homólogo de 27,5%”, diz o banco.
Por seu lado, a carteira de crédito situou-se em 41,3 mil milhões de euros, “estabilizando face ao valor registado no final de 2017, em virtude da concretização de vendas de créditos não produtivos”, no segundo trimestre de 2018. “Ajustada destas operações, a carteira de crédito teria aumentado 0,8%, nos primeiros nove meses do ano”, nota.
Popular trama rácios do Totta
“O rácio de Non-Performing Exposure (NPE), calculado de acordo com a definição da EBA, situou-se em 4,84%, em setembro de 2018, e a cobertura de NPE por provisões fixou-se em 55,0%”, nota o Totta. Com o Popular, não só o rácio aumentou como a provisão para cobertura deste risco encolheu.
Mas não foi o único rácio penalizado pelo Popular. O de capital também encolheu. “O rácio Common Equity Tier 1 (CET 1) atingiu 12,9% (fully implemented) e 13,2% (phased-in)”, diz o banco, sendo que no mesmo período do ano passado o fully implemented estava em 16,4%. Ainda assim, “os níveis de capitalização do Banco permanecem bastante elevados, claramente acima dos requisitos mínimos exigidos pelo BCE ao abrigo do SREP”.
(Notícia atualizada às 12h43 com mais informação)
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