Um prémio para reforçar a investigação económica em Portugal
O Banco de Portugal atribui, anualmente, o Prémio Professor Jacinto Nunes aos melhores alunos da licenciatura em Economia das principais faculdades portuguesas.
Com este prémio, o Banco pretende reconhecer o mérito dos alunos que se destacaram no estudo de uma área fundamental para o desenvolvimento do País e que, esperamos, possam vir a contribuir, em termos quantitativos e qualitativos, para o reforço da investigação económica em Portugal.
Os estudos económicos são fundamentais para a prossecução da missão e das funções confiadas ao Banco de Portugal na salvaguarda da estabilidade de preços, na promoção da estabilidade do sistema financeiro e no aconselhamento económico e financeiro ao Governo.
O debate sobre a economia portuguesa e sobre o seu posicionamento na área do euro tem de estar fundado em argumentos de reconhecida qualidade. Sem diagnóstico e sem análise, entregamos ao acaso a concretização das nossas aspirações de bem-estar. Sem uma sólida reputação de argumentos, o prestígio e a capacidade de influência do País nos fóruns internacionais em que está representado serão, por outro lado, necessariamente limitados.
O Banco de Portugal assumiu como objetivo estratégico para o quadriénio 2017-2020 a promoção do conhecimento sobre temas económicos e financeiros, designadamente por via da aproximação ao meio académico, e o Prémio Professor Jacinto Nunes reflete essa orientação.
O prémio homenageia um dos maiores economistas nacionais, cuja inteligência, clarividência e integridade devem servir de inspiração aos futuros profissionais desta área: o professor Manuel Jacinto Nunes (1926 – 2014), que, de entre as muitas funções de relevo que desempenhou, foi Governador do Banco de Portugal, Ministro das Finanças, Presidente da Caixa Geral de Depósitos, Presidente da Academia das Ciências de Lisboa e Presidente do Conselho Diretivo da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento.
Espero que os jovens que agora distinguimos pelas suas competências académicas possam partilhar um dia este percurso de excelência, contribuindo, qualquer que venha a ser a sua área de especialização, para formar massa crítica sobre a economia portuguesa. Faço votos também para que vejam neste reconhecimento um sinal de que o Banco de Portugal encoraja a reflexão e o diálogo com a academia e os especialistas externos – de que é a prova maior a sua Agenda de Estudos Económicos –, beneficiando da multiplicidade de perspetivas e de abordagens sobre os temas que mais relevam para o seu mandato.
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