Governo defende Assembleia Nacional da Venezuela
É a primeira reação do governo às últimas horas da Venezuela. Santos Silva pede respeito pela legitimidade da Assembleia Nacional, liderada pelo opositor a Maduro.
O Governo pediu esta quarta-feira que seja respeitada a legitimidade da Assembleia Nacional da Venezuela e o direito à manifestação pacífica, depois de o líder do parlamento, o opositor Juan Guaidó, se ter autoproclamado Presidente interino. “Apelamos a que não haja violência na Venezuela, que seja respeitada a legitimidade da Assembleia Nacional e que seja também respeitado o direito das pessoas a manifestarem-se pacificamente”, lê-se numa mensagem divulgada na conta oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros português na rede social Twitter.
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“Acompanhamos minuto a minuto a evolução da situação na Venezuela. A nossa preocupação principal é a segurança da comunidade portuguesa. Estamos também em contacto permanente com os nossos parceiros mais próximos, designadamente na União Europeia”, afirma-se numa mensagem colocada minutos antes na mesma conta.
Juan Gaidó tornou-se o rosto da oposição venezuelana ao assumir, a 3 de janeiro, a presidência da Assembleia Nacional, única instituição à margem do regime vigente no país.
Nicolás Maduro iniciou a 10 de janeiro o seu segundo mandato de seis anos como Presidente da Venezuela, após uma vitória eleitoral cuja legitimidade não foi reconhecida nem pela oposição, nem pela comunidade internacional.
Os Estados Unidos, o Canadá, a Organização dos Estados Americanos (OEA), o Brasil, a Colômbia, o Peru, o Paraguai, o Equador, o Chile e a Costa Rica reconheceram hoje Juan Guaidó como Presidente interino da Venezuela. O México e a Bolívia, ao contrário, anunciaram que se mantêm ao lado de Nicolás Maduro.
A Venezuela enfrenta uma grave crise política e económica que levou 2,3 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, segundo dados da ONU.
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