Maior fundo soberano do mundo perdeu 50 mil milhões com a turbulência nas bolsas

O fundo soberano da Noruega, o maior do mundo, foi castigado pela turbulência nas bolsas, no ano passado. A forte aposta em ações ditou uma perda de 50 mil milhões de euros.

O maior fundo soberano do mundo encolheu. O fundo norueguês quase 50 mil milhões de euros no ano passado, sendo fortemente penalizado pela perda de valor dos investimentos feitos em ações. A turbulência que se fez sentido nos mercados acionistas ditou uma quebra acentuada no valor destes ativos de maior risco.

O fundo registou uma rentabilidade negativa de 6,1%, depois de ter apresentado uma valorização de 13,7% em 2017. Perdeu, assim, 485 mil milhões de coroas norueguesas, o equivalente a quase 50 mil milhões de euros, encolhendo a capitalização do maior fundo soberano do mundo para 8,256 biliões de coroas. Ou seja, valia, no final de 2018, 850 mil milhões de euros.

Foram as ações que ditaram o mau desempenho do fundo no ano passado. Com dois terços do valor investido nestes ativos (66,3%), o fundo registou um retorno negativo de 9,5% com as ações, reflexo das fortes quedas registadas nos mercados acionistas durante o ano passado.

Em novembro e dezembro, meses marcados pelas quedas mais expressivas, o fundo que aposta em várias cotadas da bolsa nacional, andou às compras, mas o resultado não foi positivo, gerando perdas que acabaram por anular os ganhos nas restantes classes de ativos em que aposta.

O valor dos investimentos em ações encolheu, assim, para 5,477 biliões, continuando a ser mais do dobro do que o fundo tem aplicado em títulos de divida. De acordo com a informação avançada pelo fundo, 30,7% do total sob gestão estava aplicada em obrigações, tendo esta categoria apresentado um retorno positivo no ano passado. Valorizou 0,6%.

Parte do fundo está também aplicada em ativos imobiliários, embora seja uma fatia reduzida: 3%. Apesar de ser a classe em que o fundo soberano menos aposta, foi aquela que gerou a maior rentabilidade. Num contexto de valorização do imobiliário na Europa, o fundo registou uma rentabilidade positiva de 7,5%.

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