Famílias nos EUA pagam cada vez mais por seguros de saúde

  • ECO Seguros
  • 2 Outubro 2019

O crescimento dos custos com seguros de saúde tem sido muito superior aos valores da inflação e dos salários. Os segurados com menos de 65 anos estão a diminuir.

O custo de um seguro de saúde para uma família nos EUA atingiu os 20.000 dólares anuais, o valor mais elevado de sempre e que levanta dúvidas sobre a viabilidade de um sistema de seguro baseado no empregador.

Os dados, citados pela Bloomberg, são de um estudo da Kaiser Family Foundation, uma organização de investigação em temas de saúde e sem fins lucrativos. Apesar do bom desempenho da economia dos EUA e da baixa taxa de desemprego, o que as empresas e os seus trabalhadores pagam pelos seguros de saúde continuam a aumentar mais rapidamente do que os salários e a inflação.

De acordo com a instituição desde 2009 que os prémios pagos pelas famílias aumentaram, em média, 54% e a contribuição dos trabalhadores subiu 71%, várias vezes mais do que os salários (26%) e a inflação (20%). Estes aumentos significam que muitas famílias estão a pagar mais planos que têm menos coberturas ou custam mais ou acabam mesmo por sair do mercado dos seguros de saúde.

Apesar de serem as empresas que suportam a maior parte dos custos, cada família tem de contribuir com 6000 dólares para um plano de saúde anual. Este valor é apenas a parte que tem a ver com o seguro base e não inclui copagamentos, franquias e outras formas de partilha de custos quando são necessários cuidados médicos.

O aumento aparentemente inexorável dos custos levou a uma profunda frustração com os serviços de saúde dos EUA, levantando dúvidas sobre a sobrevivência de um sistema onde a cobertura está vinculada a um emprego. Com a forma como os prémios e as franquias aumentaram nas últimas duas décadas, a percentagem de trabalhadores com seguro de saúde diminuiu à medida que os empregadores abandonaram a cobertura e alguns trabalhadores optaram por não se inscrever individualmente.

Apesar de a economia americana empregar mais 17 milhões de pessoas em 2017 do que em 1999, menos americanos com menos de 65 anos tiveram cobertura de seguro de saúde em 2017, revela uma análise separada dos dados federais da Kaiser Family Foundation.

Muitos americanos não estão preparados para os riscos de as franquias serem transferidas para os doentes. De acordo com um estudo da Reserva Federal divulgado em maio, quase 40% dos adultos não consegue pagar uma despesa de 400 dólares sem pedir emprestado ou vender um ativo.

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