Índice Robin Hood. E se os mais ricos do mundo dessem as suas fortunas às startups?

  • Bloomberg
  • 23 Setembro 2016

Quantas empresas poderiam ser criadas se os empreendedores locais recebessem as fortunas dos mais ricos? A Bloomberg criou o Índice Robin Hood 2016 para analisar a questão.

Foram analisados os indivíduos mais ricos de 42 economias com diferentes regimes políticos e ambientes regulatórios para os negócios e comparado o seu património líquido com o custo do processo de criação de pequenas e médias empresas.

O índice mostra, hipoteticamente, quantas empresas podem ser criadas com o património líquido dos indivíduos mais ricos de cada país. Os números foram calculados usando dados do índice Bloomberg Billionaires e do relatório Doing Business 2016, do Banco Mundial. Os custos de criação de empresas foram expressados no relatório Doing Business original como percentagem da renda nacional bruta per capita.

O património líquido de Bill Gates ajudaria a criar 137.296 empresas a um custo de 605 dólares cada se distribuído entre os empreendedores locais dos EUA. Isso provocaria enormes implicações no mercado de trabalho. Nos EUA, as pequenas empresas têm contribuído para a maior parte do crescimento dos empregos, com a geração de 1,4 milhão de novos empregos em 2014, segundo a Administração de Pequenos Negócios norte-americana.

Os empreendedores da China, o país mais populoso do mundo, conseguiriam colocar mais empresas em funcionamento do que em qualquer outro país – 596.303, exatamente – graças a Wang Jianlin, da Dalian Wanda Group, cuja história de vida serve de inspiração para empreendedores iniciantes. Na China, contudo, a corrupção e a burocracia ainda representam obstáculos para as novas empresas.

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Os custos mais elevados para criar um negócio estão na Coreia do Sul e nos Emirados Árabes Unidos – onde a menor quantidade de negócios seria criada, 2.971 e 2.345 respetivamente, segundo o Índice Robin Hood.

O índice leva em conta apenas as despesas processuais. Há muitos outros fatores para calcular, como custo de mão-de-obra, rendas, para nomear alguns. Outros custos são difíceis de quantificar, como burocracia, corrupção implícita, cumprimento de contratos jurídicos e mais, que também são críticos para tirar um negócio do papel.

Contudo, como um exercício intelectual, é possível imaginar o que os campeões de 42 países, com uma fortuna estimada de 756 mil milhões – 1% do PIB mundial de 2016 -, podem fazer com o próprio dinheiro que o governo e as agências não podem.

O índice é uma adaptação de um trabalho original do Banco Mundial. As visões e opiniões expressadas na adaptação são unicamente de responsabilidade do autor ou dos autores da adaptação e não são endossadas pelo Banco Mundial.

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