André Ventura apresenta candidatura a Belém e defende criação da “quarta República”

  • Lusa
  • 1 Março 2020

Presidente do Chega defende a criação de um "outro regime" para o país, com a criação de uma "quarta República", considerando que a atual "já não serve".

O presidente do Chega, André Ventura, defendeu sábado à noite a criação de um “outro regime” para o país, com a criação de uma “quarta República”, considerando que a atual “já não serve”.

“Nós não nos escondemos e por isso estamos aqui a dizer hoje que queremos outro regime para Portugal, que esta República já não serve e que queremos passar para a quarta República portuguesa”, disse.

André Ventura, que falava no sábado à noite em Portalegre, no decorrer da sua apresentação como candidato à Presidência da República nas eleições de janeiro de 2021, considerou aquela ação política como “um grande passo” para o projeto político que tem para Portugal.

“Hoje damos este primeiro grande passo, nós não somos como aqueles que ficam escondidos atrás do arbusto toda a vida, damos a cara, dizemos ao que vimos e o projeto enorme de mudança que temos para Portugal”, disse.

Ao longo do seu discurso para uma plateia de cerca de 500 apoiantes, André Ventura lançou várias críticas ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e ao primeiro-ministro, António Costa, considerando ainda que a Constituição “já não serve” o país.

“Enquanto houver portugueses a ganhar pensões de 100 euros, estaremos nas tintas para a Constituição. Enquanto houver polícias agredidos nos seus quartéis, professores, bombeiros e profissionais de saúde, estaremos nas tintas para a Constituição”, disse.

“Enquanto nos disserem que não podem haver leis sérias contra a corrupção, nós estamos nas tintas para a Constituição”, acrescentou.

André Ventura criticou ainda Marcelo Rebelo de Sousa por manter uma postura de “silêncio” em determinadas matérias, como a corrupção, revelando que gostaria de ver um Presidente da República que “chamasse à atenção” em determinados casos que se passam na vida pública.

“Veja-se sobre isto do Ministério Público, primeiro não se queria pronunciar, depois não achava bem nem mal, depois no fim achou que era razoável suspender quando já estava suspenso. É uma espécie de Presidente que nos conta como é que o jogo foi quando o jogo já acabou”, disse.

“Acreditem, não serve para mais nada, serve só para ser aquela palavra de consolo, mas eu para isso tenho a mãe, a avó, não preciso de um presidente. Marcelo Rebelo de Sousa quer ser uma espécie de avozinho dos portugueses”, acrescentou.

André Ventura anunciou ainda que vai apresentar na Assembleia da República um projeto de lei que visa a prisão perpétua para violadores e homicidas.

“Agora façam como quiserem, chumbem, não deixem ir à discussão, digam que tem erros, digam que não querem, mas vão ter de decidir”, disse.

André Ventura, que é deputado único do Chega, eleito nas legislativas de 2019, justificou a escolha de Portalegre para apresentar a candidatura por se tratar de “uma das zonas mais esquecidas do país”.

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