Serviços, empresas e espaços comerciais encerrados. Menos gente nas ruas. O ECO foi dar uma volta pela capital portuguesa que, forçada pela pandemia, está a parar aos poucos.
Escolas, creches e universidades fechadas. Museus e monumentos também encerrados. Restaurantes e espaços comerciais a seguir o mesmo caminho. O Covid-19 vai mesmo parando Lisboa aos poucos. Nas ruas da capital portuguesa, o movimento é cada vez mais escasso. Os turistas, aqueles que ainda estão por cá, são os que mais se fazem notar ao ocupar as esplanadas (as que ainda se encontram abertas) enquanto os portugueses fazem fila nos supermercados, farmácias e serviços públicos.
Às 10 da manhã um pequeno grupo de turistas asiáticos passeia em frente à torre de Belém. A maioria usa máscara de proteção e nem para tirar fotografias as retiram. Parecem um pouco desiludidos por não poderem visitar o monumento que se encontra encerrado, mas ao mesmo tempo resignados com a situação.
Um pouco mais à frente, no Mosteiro dos Jerónimos, o cenário é em tudo idêntico. Não se vê praticamente ninguém na zona à exceção de mais um grupo de turistas (também asiáticos) que ouve com atenção as explicações do guia turístico que os acompanha. Ficam-se pelo exterior junto às baias colocadas pela proteção civil numa das portas laterais do monumento.
A meio da manhã, num dia normal, o Terreiro do Paço estaria repleto. Mas a normalidade não é coisa destes dias e Lisboa não foge à regra. O fluxo de pessoas é muito menor naquela zona. Turistas, essencialmente. Alguns ocupam as esplanadas enquanto outros tiram fotografias ao arco que abre caminho à Rua Augusta. E nesta altura já ninguém parece olhar com desconfiança para aqueles que se fazem proteger com luvas e máscaras. No caminho do Chiado até à Praça Luís de Camões ouvem-se alguns desabafos de preocupação e um certo sentimento de uma cidade em modo “standby”. “Até quando é que isto vai durar?” pergunta um dos poucos transeuntes, numa conversa a dois, num passeio da Rua Garrett.
Noutros pontos de Lisboa, longe da zona ribeirinha, o fluxo de turistas deixa de se notar. Na loja do cidadão das Laranjeiras são os portugueses que fazem fila. Nada de novo. Mas hoje a fila tem uma explicação que traz um argumento preventivo. As pessoas entram a conta-gotas de modo a evitar grandes aglomerações no interior do edifício.
Nas traseiras, mais filas. Desta vez para entrar num supermercado que tem, temporariamente e a partir de hoje, um novo horário. Fecha às 17h00. Pelo menos enquanto o estado de alerta em relação à pandemia durar. Até quando? Ninguém sabe.
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