FCT financia 1,5 milhões de euros para investigação de aplicação rápida no SNS

  • Lusa
  • 24 Março 2020

Chama-se RESEARCH 4 COVID-19 e é uma linha de financiamento excecional para mobilizar a capacidade científica e tecnológica existente em Portugal ao serviço do combate ao novo coronavírus.

A Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) lançou esta terça-feira uma linha de financiamento de 1,5 milhões de euros para investigações de “implementação rápida”, em curso ou a desenvolver, que respondam a necessidades atuais do Serviço Nacional de Saúde.

A ‘RESEARCH 4 COVID-19’ é “uma linha de financiamento excecional”, lançada em colaboração com a Agência de Investigação Clínica e Inovação Biomédica (AICIB) que “tem por objetivo mobilizar a capacidade científica e tecnológica existente em Portugal ao serviço do combate ao novo coronavírus e da covid-19, complementando as iniciativas já existentes e estimulando a reorientação de atividades em curso para este grande desafio”, explica a FCT em comunicado.

A FCT pretende apoiar iniciativas “com impacto expectável a curto prazo, e que contribuam para o esforço nacional de gestão da crise epidemiológica, para a melhoria da resposta dos sistemas de saúde” à epidemia de covid-19, assim como para a gestão de doentes e aplicação de medidas de saúde pública, em linha com as orientações da Direção-Geral da Saúde (DGS).

A primeira fase de candidaturas decorre até às 17:00 de dia 05 de abril. “O segundo período terá em conta a evolução da situação e só será anunciado findo o primeiro período”, acrescenta o comunicado, que ressalva a “evolução dinâmica e rápida da situação e o contexto de incerteza”.

O financiamento de cada projeto será até 30 mil euros, para além dos recursos próprios associados a reorientação de equipas e atividades” de investigação e desenvolvimento nas unidades já apoiadas pela FCT, explica a instituição, que acrescenta “nesta fase, e desde já, a FCT disponibilizará uma dotação orçamental de 1,5 milhões de euros para este programa, a financiar por fundos nacionais através do orçamento da FCT”.

Os projetos candidatos podem orientar a sua investigação para “novas ferramentas de prevenção, desenvolvimento terapêutico, métodos de diagnóstico, estudos clínicos e epidemiológicos”, enumera o comunicado, acrescentando ainda à lista atividades de investigação “que incluam uma componente sociocultural e ações de promoção de uma sociedade resiliente com capacidade de enfrentar o atual contexto de incerteza em que vivemos, sobretudo na população mais idosa e em grupos de maior risco”.

Podem candidatar-se unidades de investigação das instituições de ensino superior e os seus institutos, laboratórios do Estado e outras instituições públicas ou privadas sem fins lucrativos, que podem apresentar projetos de forma individual ou em parceria, “sendo obrigatória a participação de serviços e entidades prestadoras de cuidados de saúde”. As empresas podem participar nas candidaturas, “desde que em parceria com instituições de investigação”.

As propostas vão ser avaliadas por uma comissão de peritos designados pela FCT e pela AICIB, com os resultados do primeiro período de candidaturas a serem conhecidas até 20 de abril.

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